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Animais de Companhia

Estudo revelou que cães são cada vez mais vistos como membros da família

Estudo revelou que cães são cada vez mais vistos como membros da família iStock

Uma nova investigação publicada na European Psychologist dá força científica ao que milhões de pessoas sentem: os cães são tratados como membros da família — e muitas vezes como verdadeiros filhos.

O estudo reuniu contributos da biologia evolutiva, psicologia e ciência do comportamento animal para responder a uma pergunta simples: porque é que tantas pessoas tratam os seus cães como crianças? Historicamente, os cães eram usados para caçar, guardar e pastorear. Com a vida moderna, a relação passou a ser de companhia e, mais recentemente, de quase parentalidade. Hoje são comuns refeições caseiras para cães, férias em família com o animal de companhia e celebrações de “gotcha day” nas redes sociais.

 

A investigação mostrou que cães e crianças partilham muito mais do que se pensava: criam laços de apego, procuram segurança nos cuidadores, sofrem quando separados, interpretam expressões humanas e são influenciados pelo “estilo parental” que encontram em casa.

Segundo os investigadores, até o cérebro canino reage de forma semelhante ao humano, com aumento da oxitocina — a chamada hormona do vínculo — quando interage com pessoas de referência.

 

Os autores sublinharam, no entanto, que esta visão tem de ser equilibrada: os cães nunca deixam de ser dependentes, ao contrário das crianças, e precisam de estrutura e treino para se adaptarem ao mundo humano.

Além disso, os cientistas explicam que tratar os cães como adultos pode levar a mal-entendidos, como confundir medo com culpa ou esquecer que eles precisam aprender a estar sozinhos.

 

Assim, o estudo concluiu que os cães não são “os novos filhos”, mas ocupam um espaço emocional equivalente para muitos. São companheiros, confidentes e uma fonte de afeto estável num mundo em mudança.

Mais do que a definição do papel do cão na família, os investigadores salientam que importa reconhecer que esta relação permite exercitar algo profundamente humano: o cuidar.

 
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