A Animalife defendeu a legalização urgente de um modelo CED para cães e exigiu ainda a esterilização massiva como resposta nacional urgente.
De acordo com o comunicado de imprensa, Portugal regista oficialmente 101.015 cães errantes, de acordo com o Censo Nacional de 2023 do ICNF, a que se juntam mais de 830 mil gatos na mesma condição. A DGAV admitiu que esta dimensão compromete o bem-estar animal e a saúde pública, exigindo medidas estruturais urgentes.
A nota de imprensa também refere que, neste momento, os Centros de Recolha Oficial (CROs) e as associações de proteção animal estão sobrelotados. A capacidade de acolhimento esgotou-se e a reprodução dos cães errantes supera de forma clara a taxa de adoção.
Neste sentido, a Animalife sublinhou que “sem intervenção imediata, o cenário só poderá agravar-se nos próximos anos”.
Para Rodrigo Livreiro, Presidente da Direção da Animalife, “não é possível continuar a fingir que temos soluções. O sistema já colapsou. Precisamos de uma política nacional de esterilização massiva para cães errantes, com critérios técnicos claros e sem entraves legais”.
A Associação considera “inadmissível” que a legislação continue a bloquear soluções técnicas eficazes, deixando os cães errantes num vazio legal, enfatizando que “a não atuação representa sofrimento, proliferação, riscos sanitários e o colapso total da rede de apoio animal”.
Em suma, a Animalife apelou a uma revisão legislativa urgente que permita aplicar um modelo CED a cães errantes, à coordenação entre autarquias, CROs e associações para campanhas conjuntas de esterilização e ao desbloqueio imediato das infraestruturas públicas para ações de saúde e bem-estar animal.

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