iStock Em 2024, a população de lince-ibérico (Lynx pardinus) atingiu um número recorde de 2.401 indivíduos na Península Ibérica, um aumento de 280% face a 2019, segundo o Censo de Lince-Ibérico 2024.
Do total recenseado, 2.047 (85,3%) vivem em Espanha e 354 (14,7%) em Portugal, sendo que 1.557 são adultos ou subadultos, e 844 são crias nascidas em liberdade. O número de fêmeas reprodutoras também aumentou, alcançando 470 em 2024, mais 64 do que no ano anterior, aproximando-se do objetivo de 750 fêmeas para garantir um estado de conservação favorável.
A expansão territorial prosseguiu com 17 núcleos de reprodução confirmada e 22 núcleos com presença estável em toda a Península Ibérica. Desde 2011, foram libertos na natureza 403 linces nascidos em cativeiro, número que subiu para 424 com a soltura de 21 indivíduos já em 2025.
O programa de reprodução em cativeiro é gerido por cinco centros exclusivos na Península Ibérica, incluindo o Centro Nacional de Reprodução do Lince Ibérico em Silves, Portugal, coordenado pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).
Este progresso só foi possível graças ao empenho conjunto de administrações públicas espanholas e portuguesas, entidades privadas, proprietários de terras, sociedade civil e o apoio financeiro da União Europeia (UE) através do programa LIFE.
Em 2024, o lince-ibérico foi reclassificado da categoria “Em Perigo” para “Vulnerável” na “Lista Vermelha” da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), refletindo a melhoria da sua situação.
O Censo de Lince-Ibérico 2024 foi coordenado pelo Grupo de Trabalho do Lince-Ibérico no Ministério espanhol para a Transição Ecológica e o Desafio Demográfico (MITECO), com participação das comunidades autónomas espanholas e do ICNF.
