iStock Um grupo de investigadores do Royal Veterinary College (RVC), em colaboração com oito instituições internacionais, desenvolveu novas orientações baseadas em evidência científica para o tratamento de piodermite canina, uma das infeções bacterianas de pele mais comuns em cães.
As recomendações têm como objetivo reduzir o uso inadequado de antimicrobianos, melhorar o bem-estar animal e reforçar a Estratégia de Gestão Responsável de Antimicrobianos (Antimicrobial Stewardship), essencial para travar o avanço da resistência bacteriana e garantir a eficácia dos medicamentos no futuro, enfatizam os cientistas.
O trabalho resultou de uma abordagem multidisciplinar, envolvendo dermatologistas veterinários, microbiologistas clínicos e outros especialistas. Após uma revisão profunda da literatura científica e análise de práticas em contexto real, foi estabelecido um consenso internacional sobre protocolos de diagnóstico, investigação e tratamento da piodermite canina.
As novas diretrizes, apoiadas pela International Society for Companion Animal Infections (ISCAID), especificam quando os antimicrobianos devem ser utilizados, quais as classes mais adequadas e atualizam ainda as dosagens recomendadas com base em informação recente.
Além das orientações em acesso aberto, foram disponibilizados materiais de apoio, incluindo um resumo das recomendações principais e o infográfico “Sete Momentos do Tratamento Responsável da Piodermite Canina”, concebidos para facilitar a adoção de boas práticas por médicos veterinários em todo o mundo.
“Após vários anos a analisar evidência, atualizar informação e avaliar experiências, estamos entusiasmados e aliviados por ver finalmente os documentos de orientação publicados e disponíveis gratuitamente em todo o mundo”, adiantou Anette Loeffler, Professora de Dermatologia Veterinária e Bacteriologia Cutânea no RVC e presidente do grupo de autores da ISCAID.
Já para Siân-Marie Frosini, Professora Associada em Microbiologia Clínica Veterinária no RVC e coautora das diretrizes, “estas diretrizes destacam o valor das equipas multidisciplinares que integram microbiologistas clínicos juntamente com outros especialistas veterinários, de forma a fornecer recomendações que apoiam as melhores práticas no uso de antimicrobianos”.
