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Yorkshire Terriers vivem mais e mantêm boa saúde, mas perdem popularidade junto dos tutores

Yorkshire Terriers vivem mais e mantêm boa saúde, mas perdem popularidade junto dos tutores iStock

Uma investigação do Royal Veterinary College (RVC), através do programa VetCompass, concluiu que os Yorkshire Terriers são, em média, cães saudáveis e com uma vida longa, com uma esperança média de vida de 13,56 anos — acima da média global dos cães, estimada em 12 anos.

Apesar deste dado positivo, a raça está a perder visibilidade junto dos futuros tutores, sobretudo na sua versão de pedigree.

 

 Os Yorkshire Terriers de pedigree, com peso máximo de 3,2 kg, registaram uma queda acentuada nas inscrições: de 0,93% de todos os registos em 2013 para apenas 0,18% em 2022. Esta descida poderá levar a que a raça seja classificada como “vulnerável”.

Em contrapartida, a população de ‘Yorkies’ não registados mantém-se mais estável. O estudo analisou dados clínicos anónimos de 28.032 Yorkshire Terriers no Reino Unido, integrados num universo de mais de 900 mil cães de várias raças em 2016.

 

Os resultados mostraram que os Yorkshire Terriers fora do circuito de pedigree apresentam características diferentes, nomeadamente um peso médio superior (5,06 kg) e maior expressão no seio das famílias britânicas. Entre 2005 e 2016, a sua presença no conjunto de cães de companhia caiu de 3,54% para 2,15%, uma redução menos acentuada do que no segmento oficial de pedigree.

Apesar da boa saúde geral, a investigação identificou problemas recorrentes, sobretudo doença dentária, além de unhas demasiado crescidas, problemas relacionados com as glândulas anais, obesidade e dentes de leite persistentes. Estas condições não encurtam a vida, mas afetam a qualidade de vida, levando os investigadores a recomendar cuidados preventivos, como escovagem regular dos dentes e dietas adequadas.

 

O estudo concluiu ainda que os machos são mais pesados (5,50 kg) do que as fêmeas (4,67 kg), que a idade médica dos exemplares analisados foi de 5,52 anos e que 85,7% das mortes registadas resultaram de eutanásia.

“Esta investigação mostrou que os Yorkshire Terriers, uma raça britânica com uma longa história, são geralmente cães saudáveis e com uma esperança média de vida invulgarmente elevada. As principais doenças, como problemas dentários e unhas demasiado crescidas, são comuns a muitas outras raças, confirmando-se assm que os ‘Yorkies’ são uma boa escolha para quem procura um animal de companhia saudável e com baixos níveis de doenças associadas à raça”, referiu Dan O’Neill, professor associado de epidemiologia de animais de companhia no RVC e autor principal do estudo.

 
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