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Médicos Veterinários

AniCura alerta para a dupla exigência clínica e emocional da prática veterinária

AniCura alerta para a dupla exigência clínica e emocional da prática veterinária iStock

No Dia Mundial dos Animais, assinalado a 4 de outubro, a AniCura sublinha a importância do trabalho dos médicos veterinários, que lidam não apenas com o desafio clínico de tratar os animais, mas também com a intensa carga emocional associada à profissão.

De acordo com o comunicado de imprensa, a carga emocional dos veterinários resulta sobretudo de três fatores: a comunicação com os clientes, que exige gerir expetativas, explicar procedimentos complexos e apoiar decisões difíceis como a eutanásia; a exposição constante ao sofrimento animal, em que a vocação e empatia que caracterizam a profissão acabam também por gerar desgaste emocional; e o limitado reconhecimento social, que não acompanha a dimensão da responsabilidade nem a intensidade emocional do exercício veterinário.

 

“Para a AniCura o bem-estar dos veterinários é uma prioridade: trata-se de reconhecer que por detrás de cada cuidado prestado a um paciente existem profissionais que suportam uma grande carga emocional e que necessitam de recursos para a gerir de forma saudável. Isto traduz-se em programas de assistência psicológica confidencial, formação em competências de comunicação e gestão emocional, espaços de acompanhamento entre colegas, políticas que promovem o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional, bem como iniciativas de autocuidado e mindfulness”, explicou Enrique Rodríguez, General Manager para o mercado ibérico.

Programas de bem-estar emocional
Segundo a comunicação, garantir apoio e ferramentas de bem-estar é fundamental para formar equipas saudáveis e colaborativas. Ao oferecer espaços para gerir a carga emocional do trabalho, protege-se a saúde mental dos profissionais e reforça-se a ligação entre o bem-estar das equipas e a experiência dos pacientes.

 

“Cuidar da saúde mental dos veterinários tem um impacto direto na cultura interna das clínicas e na forma como as equipas se relacionam entre si e com os clientes”, sublinhou Gabriela Fioretti, diretora de People da AniCura Ibéria.

E continua: “isto não só reduz a rotatividade e o risco de burnout, como também fortalece a motivação e a saúde a longo prazo. Em consequência, o clima organizacional melhora de forma tangível: equipas mais estáveis, ambientes de trabalho mais humanos e relações mais construtivas com os clientes, além do reconhecimento implícito pelo trabalho bem feito. Não se trata de condicionar a saúde mental ao serviço, mas sim de compreender que uma equipa cuidada e sustentada emocionalmente é a base de uma equipa mais sólida, resiliente e sustentável”.

 

Recomendações para lidar com o stress
Para enfrentar situações desafiantes, como procedimentos dolorosos ou casos críticos, os veterinários devem adotar práticas que incluam: definir limites emocionais saudáveis, procurar redes de apoio, investir em autocuidado regular, desenvolver competências em comunicação e gestão emocional e normalizar a procura de ajuda profissional.

Estas medidas protegem a saúde mental, melhoram a qualidade do atendimento e fortalecem a capacidade de decisão sob pressão, promovendo equilíbrio entre o bem-estar pessoal e o cuidado aos pacientes.

 

“A minha experiência ensinou-me que há alguns conselhos que, se colocarmos em prática, podem fazer a diferença: não enfrentar situações difíceis em solidão, mas sim apoiar-se em colegas ou em redes de confiança; estabelecer limites emocionais claros, recordando que acompanhar não implica carregar todo o sofrimento; e dar prioridade ao autocuidado pessoal, desde descansar adequadamente até manter espaços fora do trabalho que permitam desligar e recarregar energia”, enfatizou Gabriela Fioretti.

Na sua ótica, também é fundamental normalizar o pedido de ajuda profissional quando necessário, compreendendo que cuidar da saúde mental é tão importante como cuidar da física.

 

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