Resumo: Este é um artigo de revisão integrativa que tem como objetivo inferir sobre os benefícios dos animais de companhia para a saúde mental da população idosa, a partir da pesquisa de 53 artigos sobre esta temática, os quais se repartem em 3 grupos enunciados na tabela N.1.
Palavras-chave: animais de companhia; idosos; TAA; efeitos e benefícios; saúde mental
Introdução
De acordo com Pierce (2016), tem sido crescente o interesse pela área que estuda e investiga como os animais de companhia podem influenciar a saúde no Homem.
Têm sido vários os profissionais de saúde que se debruçam sobre esta prática como adjuvante da resposta terapêutica, não só nos pacientes, mas também nos seus familiares (4,14,24).
Terapias coadjuvadas por animais de companhia
São muitos os estudos que têm incidido sobre a relação entre os animais de companhia e os seus tutores, a par dos benefícios e da influência dos primeiros na saúde psicológica dos segundos, variando os resultados entre o positivo, o neutro e o negativo, consoante a literatura, e consoante a metodologia usada, nem sempre possibilitando o progresso da compreensão do impacto dos animais na saúde humana.
Em 1996, a organização americana Delta Society defendeu a Terapia Assistida por Animais como forma de credibilizar o profissionalismo e a realização de TAA. Trata-se de uma intervenção individualizada em que o animal é parte integrante do processo de tratamento, com o intuito de promover a melhoria das funções físicas, sociais, emocionais e/ou cognitivas (12,15) no utente. A TAA requer o acompanhamento de profissionais de saúde (como médicos, psicólogos, enfermeiros, fisioterapeutas, entre outros) que usam os animais como parte do tratamento dos pacientes, tratando-se de um processo terapêutico que recorre a uma metodologia preparada e devidamente avaliada tendo em conta o objetivo definido (7,8,12). Requer também o acompanhamento de um médico veterinário para melhor avaliar o comportamento e a saúde dos animais que participam nas TAA (14).
As terapêuticas que recorrem a animais podem servir como auxílio no tratamento de diversas patologias como a depressão ou doença de Alzheimer, entre outras (15). Podem recorrer a diferentes animais, mas são os cães os mais utilizados (2,4) – Cinoterapia – que, comprovadamente, ajuda na prevenção da depressão (31) e da ansiedade (29).
No emprego das TAA, o bem-estar e relaxamento dos pacientes traduz-se fisiologicamente numa maior produção de endorfinas e diminuição do nível de cortisol no organismo (28). Estes recursos podem ser direcionados a pessoas de várias faixas etárias, como os idosos, e utilizados em variadas instituições, como lares, casas de saúde, clínicas de reabilitação, entre outras (15).
Benefícios que decorrem da relação entre os idosos e os animais
Os animais de companhia são uma mais-valia para o bem-estar e qualidade de vida dos idosos, incutindo-lhes um novo significado e valor nesta etapa de vida (35) e diminuindo-lhes problemas de saúde (13), até porque os animais de companhia têm um efeito calmante nesta população, ajudando-a a definir rotinas, além de promoverem a sua mobilidade e sociabilização, e de proporcionarem companhia e uma sensação de segurança (35).
Nos idosos, o resultado deste convívio é de tal forma satisfatório que em alguns países europeus já se incentiva esta população à adoção de animais como forma de contrariar o sedentarismo (25) e o isolamento social (32), desempenhando um papel relevante na melhoria e prevenção da sua saúde emocional (34).
Na verdade, nesta população, está descrito que os benefícios são tanto físicos (1,17), pelo estímulo de movimento; como psicológicos, amenizando a solidão e sofrimento; ou cognitivos, melhorando a memória, a fala, a coordenação e o pensamento, havendo mesmo já instituições que autorizam os idosos a levar consigo os seus animais (7,27), podendo reduzir a necessidade de medicamentos, relativamente aos que não mantêm contacto com animais (5,7).
Os efeitos benéficos dos animais de companhia na saúde mental
De acordo, já com o 1º relatório do Estudo Epidemiológico Nacional de Saúde Mental, 2013, a prevalência de problemas de saúde mental é elevada e tende a aumentar, pelo que faz todo o sentido que se abordem outras formas complementares de intervenção terapêutica aos pacientes, como o recurso a atividades relacionadas com animais, tendo em conta que o convívio e a interação Homem-Animal pode proporcionar proteção contra ansiedade e depressão (3). Os animais funcionam como “amortecedores” contra o stresse e contribuem para o bem-estar psicossocial (35), além de “catalisadores” que facilitam outras abordagens terapêuticas.
A interação H-A promove o aumento de substâncias endógenas neuroquímicas como a oxitocina, associada ao relaxamento e calma, e tem impactos positivos no tratamento e evolução de doenças crónicas como a demência e a depressão (10,13,35). Influencia, igualmente, a progressão e melhoria da qualidade de vida de pessoas que padeçam de doenças mentais, como a ansiedade ou déficits de atenção (3,35). No caso de pessoas com problemas de cognição ou défice mental, estão reportadas melhorias que se expressam por uma comunicação verbal mais rica (28).
Metodologia
Procedeu-se a um estudo de pesquisa integrativa de vários artigos na ScienceDirect; PubMed; NIH Public Access; HHS Public Access e Sagepub, InterScience com as referências: animais de companhia; idosos; terapia com animais e saúde mental, tendo sido selecionados 54 artigos, cujos critérios de inclusão assentaram precisamente nas referências mencionadas e na atualidade dos artigos, após a leitura dos Abstracts. Excluídos 18 artigos optou-se por incluir 37 dos artigos selecionados por se considerar que eram os que mais se adequavam ao tema proposto e aos critérios de inclusão predefinidos.
Discussão de Resultados
Todos os artigos selecionados foram lidos integralmente e foram agrupados em 3 categorias (Tabela N. 1), resultando de estudos sobre as categorias selecionadas, o que vem corroborar o crescente interesse por parte da diversa comunidade científica em torno do contributo que os animais de companhia podem dar, como mediadores de terapias, à população idosa, no que concerne a diferentes manifestações de patologias mentais.
Tabela N. 1 – Categorias de artigos e sua distribuição na população idosa
No que diz respeito à distribuição de artigos de acordo com o ano da sua publicação, a mesma é enunciada na tabela N. 2, oscilando entre o ano 1982 e o ano de 2018, destacando-se a consulta de artigos dos anos de 2009; 2014 e 2017.
Tabela N. 2 – Distribuição dos artigos de acordo com o ano de publicação
Relativamente às publicações selecionadas, estas incidem sobre uma variedade de artigos publicados em jornais e revistas, sobressaindo sobretudo as referentes à geriatria e psicogeriatria, e às que se referem aos benefícios dos animais para a população idosa.
Tabela N. 3 – Distribuição dos artigos de acordo com a revista publicada
Tabela N. 4 – Artigos da categoria 1 de acordo com os objetivos do estudo
Analisando os dados da tabela anterior referentes ao conteúdo dos textos analisados, globalmente pode inferir-se que os idosos que têm ou convivem mais de perto com animais tendem a expressar menores níveis de stress e de irritabilidade, além de evidenciarem uma maior vitalidade, maior sociabilização e melhoria na saúde mental, o que é também corroborado por uma vasta literatura que descreve os impactos positivos desta inter-relação na diminuição da solidão dos idosos, que chegam mesmo a descrever os animais como focos de “alegria, companhia, segurança e distração” (11).
Outros autores apontam sobretudo para a melhoria da saúde física além da psicológica como potencial benefício desta interação H-A, nomeadamente no que se refere a doenças cardiovasculares (6,37), ao ponto de Stull et al., (2018) encorajarem a terapia assistida por animais em articulação com Médicos Veterinários, até como forma de minimizar eventuais riscos deste convívio decorrentes dos animais utilizados.
Porém, mesmo concluindo sobre os benefícios desta interação, há quem salvaguarde a importância de mais e maior aprofundamento de pesquisas nesta temática sobretudo em contextos do quotidiano, e comunitários (18,36).
Tabela N. 5 – Artigos da categoria 2 de acordo com os objetivos do estudo
A conclusão inerente aos textos mencionados acima indicia que as TAA poderão ser boas coadjuvantes na cura de várias patologias mentais como a depressão, a ansiedade e as demências, como a doença de Alzheimer (31) e até em insónias (33).
Está amplamente relatado que os animais são facilitadores em diversas práticas terapêuticas, como na psicoterapia, ao fomentar a interação social; e também na fisioterapia (20).
Tabela N. 6 – Artigos da categoria 3 de acordo com os objetivos do estudo
Os conteúdos dos textos para a categoria 3 estão em concordância com a vasta literatura existente sobre esta matéria, ou seja, o reconhecimento do contributo coadjuvante e benéfico dos animais para a saúde mental em idosos (16), incluindo os institucionalizados (23).
Estão descritos relatos de participantes de que os benefícios da tutoria/convívio com animais vão muito além da companhia, contribuindo também para a recuperação de doenças mentais e para a sociabilização de doentes com patologias mentais (38), melhorando, inclusive, as funções cognitivas (9) nesta população.
Considerações finais
Se a interação entre idosos e animais é importante como aparenta ser, é tempo de a comunidade científica reconhecer a importância prática da relação Homem-Animal como fundamental no complemento terapêutico desta população. Por outro lado, tendo em conta a transformação demográfica que aponta para uma inversão da pirâmide das idades, com um exponencial aumento da população idosa nas próximas décadas, de acordo com dados do INE (2010), é natural que ocorram vários impactos nos vários quadrantes sociais, sobretudo no que concerne à saúde mental, pelo que o surgimento de novos recursos que possam melhorar o bem-estar e a qualidade de vida dos idosos, “cria alternativas de intervenção na área da saúde” para esta população.
Desta forma é plausível que se abordem outras formas complementares de intervenção terapêutica aos pacientes, como o recurso a atividades relacionadas com animais, para melhoria do bem-estar e da qualidade de vida de pessoas idosas, que padeçam de doenças mentais.
Referências bibliográficas
-
Allen, Karen; Shykoff, Barbara E.; Izzo, Joseph L. (2001); “Pet Ownership, but Not ACE Inhibitor Therapy, Blunts Home Blood Pressure Responses to Mental Stress”; Hipertension ; Vol.38: pp. 815-20; American Heart Association ®.
-
Almeida, Juliana Ferreira (2014); ”Terapia assistida por Animais: benefícios e responsabilidades”; artigo disponível em:http://www.portaleducacao.com.br/veterinaria/artigos/57020/terapia-assistida-por-animais-beneficios-e-responsabilidades (22/05/2017; 19:28).
-
Berget, Bente; Ihlebæk, Camilla (2011); “Animal-Assisted Interventions; Effects on Human Mental Health – A Theoretical Framework”; Psychiatric Disorders – Worldwide Advances; No.5, pp.121-138; Dr. Toru Uehara (Ed.).
-
Caetano, Elaine C.S. (2010); “As contribuições da TAA – terapia Assistida por animais à psicologia”; Universidade do Extremo Sul Catarinense -UNESC; trabalho de conclusão do Curso de Psicologia.
-
Chagas, José Naum de Mesquita; Santos, Amanda Maria Tavares dos; Ivo, June Elen dos Santos; Valença, Thaís Ribeiro (2009); “Terapia Ocupacional e a Utilização da Terapia Assistida por Animais (TAA) em Crianças e Adolescentes Institucionalizados”; Revista Crefito‐6; 14ªEdição; Seção: Artigo Científico.
-
Cherniack, E. Paul & Ariella R. (2014); “The benefit of pets and animal-assisted therapy to the health of older individuals”; Hindway Publishing Corporation; Current Gereontolgy and geriatrics rechearch, Volume 2014, article ID 623203, 9 pages.
-
Dotti, Jerson (2014); Terapia & Animais; Editora LIVRUS, São Paulo.
-
Faraco, C.B.; Pizzinato A.; Csordas, M.C.; Moreira, M.C.; Zavaschi, M.L.S.; Santos, T.; Oliveira, V.L.S.; Boschetti, F.L.; Menti, L.M. (2009); “Terapia mediada por animais e saúde mental: um programa no centro psicossocial da Infância e Adolescência em Porto Alegre –TAA Parte III”; Saúde Colectiva, vol. 06, núm. 34, 2009, pp. 231-236; Editorial Bolina; São Paulo, Brasil.
-
Friedmann, Erika; Galik, Elizabeth; Thomas, Sue A.; Hall, P. Sue; Chung, Seon Yoon; Mccune, Sandra (2014); “Evaluation of a Pet-Assisted living intervention for improving functional status in assisted living residents with mild to moderate cognitive impairment: a pilot study”; American Journal of Alzheimer`s Disease and Other Dementias”; August.
-
Geisler, A. (2004); “Companion animals in palliative care: stories from the bedside”; American Journal of Hospice and Palliative Care, vol.21, No.4, pp. 285-288.
-
Heiden, Joyce; Santos, Wellington (2012); ÁGORA: revista de divulgação científica; Vol. 16; N.2 (A).
-
Kobayashi, Cassia Tiemi; Ushiyama, Sílvia Tiemi; Fakih, Flávio Trevisan; Robles, Roseli A. M.; “Carneiro, Ieda Aparecida; Carmagnani, Maria Isabel Sampaio (2009); “Desenvolvimento e implantação de Terapia Assistida por Animais em hospital universitário “; Revista brasileira de Enfermagem REBEn, Brasília, Vol. 62, No4, pp 632-6, jul-ago.
-
Kruger, Kathy; McCune, Sandra; Merrill, Ralph (2012); “Interações homem-animal”; WALTHAM®; Editado por Dr. James Serpell Dr. Sandra McCune; https://www.waltham.com/dyn/_assets/_pdfs/waltham-booklets/Human-AnimalInteractionsBookletElectronicversion.pdf
-
Lampert, Manoela (2014); “Benefícios da relação homem-animal”; Graduação em Medicina Veterinária; Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Faculdade de Veterinária.
-
Machado, Juliane De Abreu Campos; Rocha, Jessé Ribeiro; santos, Luana Maria; Piccinin, Adriana (2008); “Terapia assistida por animais”; Revista científica eletrónica de Medicina Veterinária; ISSN: 1679-7353 Editora FAEF; www.revista.inf.br – www.editorafaef.com.br – www.faef.br. Ano VI – Número 10 – janeiro.
-
Needell, Nancy J.; Mehta-Naik, Nisha (2016);” Is Pet ownership helpful in reducing the risk and severity of geriatric depression?”; “Effect of animal-assisted interventions on depression, agitation and quality of life in nursing home residents suffering from cognitive impairment or dementia: a cluster randomized controlled trial”; International Journal Geriatric Psychiatry; Vol.1(24).
-
Nicholas, R. Fawcett; Gullone, Eleanora (2001); “Cute and cuddly and a whole lot more? A call for empirical investigation into the therapeutic benefits of human-animal interaction for children”; Behaviour Change. Vol.18, No.2, pp. 124-133.
-
O`Haire, Marguerite (2010); “Companion animals and human health: benefits, challenges, and the road asead”; Journal of veterinary behavior: clinical applications and research”; Vol. 5(5); september-october; pp 226-234.
-
Olsen, Christine; Pedersen, Ingeborg; Bergland, Astrid; Enders-Slegers, Marie-José; Patil, Grete; Ihlebaek, Camilla (2016); “Effect of animal-assisted interventions on depression, agitation and quality of life in nursing home residents suffering from cognitive impairment or dementia: A cluster randomized controlled trial”; International Journal of Geriatric Psychiatry; 31 (12).
-
Pecelin, Aline; Furlan, Luciana Ambrozio; Berbel, Andrea Marques; Lanuez, Fernanda Varkala (2007); “Influência da fisioterapia assitida por aniamis em relação á cognição de idosos- estudo em actualização”; ConScienticae Saúde, São Paulo, Vol. 6, Nº2, pp 235-240; ISSN1677-1028.
-
Pierce, J. (2016); “Run, Spot,run: the ethics of keeping pets”; The University of Chicago Press, Chicago.
-
Pereira, Renata Junqueira; Cotta, Rosângela Minardi Mitre; Franceschini Sylvia do Carmo Castro, Ribeiro, Rita de Cássia Lanes; Sampaio, Rosana Ferreira; Priore, Silvia Eloiza; Cecon, Paulo Roberto (2006); “Contribuição dos domínios físico, social, psicológico e ambiental para a qualidade de vida global de idosos”; Revista de psiquiatria do Rio Grande do Sul, Vol.28, No.1, Porto Alegre, jan./Apr. ISSN 0101-8108.
-
Phelps, Kristin A.; Miltenberger, Raymond G.; Jens, Tess; Wadeson, Heather (2008); “An investigation of the effects of dog visits on depression, mood, and social interaction in elderly individuals living in a nursing home”; Beahviour Interventions; Vol. 23; pp 181-200.
-
Porto, Rosane T.C.; Cassol, Sabrina (2007); “Zooterapia uma lição de cidadania: o cão sociabilizador e a criança vítima de violência intrafamiliar”; Revista Discurso Jurídico; Vol. 3, No. 2, jul./dez. 2007, pp. 46-74.
-
Raina, Parminder; Waltner-Toews, David; Bonnet, Brenda; Woodward, Christel; Abernathy, Tom (1999); “Influence of companion animals on the physical and psychological health of older people: an analysis of a one-year longitudinal study”; JAGS; vol.47, No.3, pp. 323-329. American Geriatrics Society.
-
Ribeiro, Alessandra Ferreira de Araújo (2011); “Cães domesticados e os benefícios da interação”; Revista brasileira de direito animal; Ano 6; Volume 8; Jan-jun.
-
Rodrigues, Vanusa; Mendes, Daniele; Santiago, Ricardo; Smeha, Luciane (2012);” Velhice e institucionalização: intervenção psicológica por meio da cinoterapia”; UNIFRA (Centro Universitário Franciscano). http://www.unifra.br/eventos/sepe2012/Trabalhos/6637.pdf; (25/08/2017; 14:30).
-
San Joaquín, M.P. Zamarra (2002); “Terapia asistida por animales de compañía. Bienestar para el ser humano”; TEMAS DE HOY; março; pp.143-149; http://patastherapeutas.org/wp-content/uploads/2015/07/TAA_e_bem-estar_humano.pdf (28/12/2017; 14:08).
-
Santos, Raquel Oliveira; Silva, Cíntia de Jesus (2016);” Os projetos de terapia assistida por animais no estado de São Paulo”; Rev. SBPH; Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar; Vol.19, No.1, pp.133-146.
-
Stull, Jason W.; Hoffman, Cydney C.; Landers, Timothy (2018); “Health Benefits and risks of pets in Nursing Homes”; Journal of gerontological Nursing; Vol.44; N.5.
-
Swall, Anna; Ebbeskog, Britt; Hagelin, Carina Lunch; Fagerberg, Ingegerd (2017); “Stepping out of the shadows of Alzheimer`s disease: a phenomenological hermeneutic study of older people with Alzheimer`s disease caring for a therapy dog”; International Journal of qualitative studies on health and well-being; Vol.12.
-
Tatibana, Lilian Sayuri; Costa, Adriane Pimenta (2009); “Relação homem-animal de companhia e o papel do médico veterinário”; Revista Veterinária e Zootectnia em Minas; Vol.28; Out/Nov/Dez; Art. 103; pp.12-18.
-
Thodberg, Lisbeth Urskpv; Sorensen, Janne Winter; Christersen, Pia haun; Poulsen, Birthe; Houbak, Vibeke; Damgaard, Ingrid; Keseler, David; Edwards, David; Videbech, Poul B. (2016); “Therapeutic effects of dog visits in nursing homes for the elderly”; Psychogeriatrics – The official Journal of the Japanese Psychogeriatrics society; Vol. 16; pp 289-297.
-
Virués-Ortega, Javier MS; Buela-Casal, Gualberto (2006); “Psychophysiological Effects of Human-Animal Interaction. Theoretical Issues and Long-Term Interaction Effects”; The Journal of Nervous and Mental Disease Volume 194, Number 1, January.
-
Walsh, Froma (2009); “Human-animal bonds: the relational significance of companion animals”; Family process, vol.48, No.4, dezembro; pp. 462-476.
-
Wells, Deborah L. (2009); “The effects of animals on human health on well-being”; Journal of Social Issues, vol.65, No.3, pp 523-543.
-
Winefield, Helen R.; Black, Anne; Chur-Hansen, Anna (2008); “Health effects of ownership of and attachment to companion animals in an older population”; International Journal of Behavioral Medicine; Vol.15; pp 303-310.
-
Wisdom, Jennifer P.; Saedi, Goal Auzeen; Green, Carla A. (2009);” “Another breed of “service” Animals: STARS study findings about pet ownership and recovery from serious mental illness”; American Journal Orthopsychiatry; July; Vol 79 (3); pp 430-436.