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Animais de Produção

Universidade de Évora apresenta ferramenta de zootecnia de precisão

Universidade de Évora apresenta ferramenta de zootecnia de precisão

A Universidade de Évora (UÉ) desenvolveu uma ferramenta pioneira que utiliza tecnologia “smart sensing” que, através de uma rede de sensores inteligentes, recolhe continuamente e em tempo real dados associados aos animais e ao microclima interior das instalações pecuárias.

A ferramenta de zootecnia de precisão, apresentada na universidade alentejana no dia 27 de novembro, foi desenvolvida para melhorar a sustentabilidade nas produções de suínos e propõe soluções de gestão assentes na monitorização, análise e controlo dos parâmetros ambientais, fisiológicos, comportamentais e produtivos.

 

Numa nota enviada às redações, a organização explica que “as diferentes condições ambientais testadas através de small-lab-prototype, uma sala com ambiente controlado localizada na Universidade de Évora para simulação das situações de inverno, termoneutralidade e verão, ou em living-lab-prototype, em condições reais, numa exploração comercial, vieram confirmar o sucesso alcançado pela equipa de investigadores do projeto AWARTECH (Animal Welfare Adjusted Real Time Environmental Conditions of Housing), uma copromoção empresarial estabelecida entre a UÉ, a Equiporave Ibérica, e a Hexastep, financiada pelo Programa Alentejo 2020, Portugal 2020 e FEDER da União Europeia”.

“Mais do que obter dados e lançar alertas, o sistema que agora propomos consegue atuar de forma autónoma sobre vários parâmetros, seja ao nível das alterações comportamentais, fisiológicas e de performance dos animais”, sublinha Vasco Fitas da Cruz, coordenador do projeto, que contou com uma vasta equipa de investigadores dos departamentos de Engenharia Rural, Zootecnia, Medicina Veterinária, Biologia, Física, Informática e de Gestão da UÉ, integrando ainda bolseiros de investigação e estudantes da UÉ para o desenvolvimento deste novo conceito.

 

Ainda que sejam conhecidos sistemas semelhantes, a plataforma tecnológica de big data desenvolvida permite não apenas observar e coletar uma maior quantidade de dados e de parâmetros, mas, sobretudo, “que o sistema tenha a capacidade de atuar sobre os dados de uma forma autónoma”, o que, na opinião de Vasco Fitas da Cruz, representa uma inovação na melhoria das condições ambientais das explorações pecuárias e na otimização do bem-estar animal.

Recorrendo à capacidade deste sistema de «varrimento» inteligente, é agora possível, em tempo real, obter um conjunto de dados considerados determinantes para identificar as condições dos animais, tais como a temperatura corporal (e oscilações registadas), ou a frequência com que estes se alimentam diariamente. “Com precisão de um grama, sabemos a quantidade ingerida por animal cada vez que este vai à máquina de alimentação”, destaca Vasco Fitas da Cruz.

 
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