Foi inaugurado, na passada sexta-feira, um equipamento de ressonância magnética para equinos nas instalações do Hippiatrica – Equine Medical Center, em Santarém. “Não estamos na cauda da Europa, mas no início. Portugal há muitos anos que se converteu num circuito de passagem de cavalos de competição de grande nível”, declarou à VETERINÁRIA ATUAL Manuel Torrealba, proprietário e diretor-clínico do Hippiatrica.
Daí a necessidade de um equipamento semelhante até porque, até então, no nosso país “enviava-se os pacientes para Madrid”, o local mais perto onde existe uma tecnologia destas. Sendo que “para levar um cavalo a Madrid, o proprietário tem de suportar um custo de 1.200 euros só do transporte”, revela o responsável.
Apenas sedados
A tecnologia inaugurada é “a mesma tecnologia Hallmarq que existe em qualquer parte do mundo, pois esta é a única companhia que produz um aparelho de ressonância magnética em que o cavalo está em pé”, salienta o diretor-clínico.
“Este equipamento permite fazer uma ressonância do carpo até ao casco e do curvilhão até ao casco”, explica Ana Ferreira, médica veterinária do Hippiatrica, acrescentando que, dado que o animal está em pé, a ressonância “não envolve anestesia geral, que é um risco. Os cavalos são apenas sedados. Também tem riscos, mas são muito menores e é um procedimento muito mais rápido”.
Para a médica veterinária, “ainda se está a criar a cultura” nos proprietários portugueses “de que é importante fazer ressonância magnética porque há casos que nos dão um ‘nó na cabeça’”, ou seja, há situações em que a ecografia ou o raio-X não são suficientes e, por isso, fazer o diagnóstico torna-se complicado para o médico veterinário.
Quanto à tecnologia agora existente no Hippiatrica o objetivo passa por “conseguir realizar quatro a seis ressonâncias magnéticas, por mês, numa fase inicial, mas gostávamos de fazer uma média de dez a doze”, revela Manuel Torrealba.