O Intermarché chegou a acordo, na passada semana, com os suinicultores nacionais: o retalhista vai pagar aos produtores de suínos o preço do quilo de carne definido na Bolsa do Porco, passando a privilegiar a produção nacional.
O acordo surgiu depois de uma reunião da administração do grupo com a indústria, que fornece a carne de porco aos distribuidores, e em que ficou definido que a subida de 5 cêntimos por quilo, que ocorreu na Bolsa do Porco na semana passada, vai refletir-se no preço pago à produção.
“O Intermarché transmitiu que vão pedir à indústria que lhes traga carne de porcos portugueses e que podem fazer passar para a produção o preço que foi combinado”, revelou à imprensa João Correia, porta-voz do gabinete de crise criado no início de dezembro para resolver a situação do setor.
“Há uma abertura clara da administração do Intermarché em colaborar e fazer passar a mensagem do que é a carne nacional”, explicou.
Os suinicultores nacionais têm também vindo a queixar-se, além do preço pago à produção, do incumprimento da lei da rotulagem nalguns estabelecimentos comerciais, defendendo que perdem, em média, 45 euros por cada porco que vendem.