Um estudo promovido por uma equipa de cientistas internacionais sugere que o parasita felino Toxoplasma gondii (T. gondii) pode contribuir para a exaustão, perda de massa muscular e outros sinais de ‘fragilidade’ em idosos.
A investigação, que incluiu a Universidade do Colorado Boulder, a Escola de Medicina da Universidade de Maryland (ambas nos EUA) e a Universidade de A Coruña (Espanha), explica que, examinou o sangue de 601 adultos espanhóis e portugueses com mais de 65 anos. Foram também medidos os sinais de “fragilidade” – que incluem perda de peso não intencional, cansaço, perda de nitidez cognitiva e outros indícios de declínio da saúde.
Os resultados mostraram que 67% dos participantes do estudo eram “soropositivos” mostrando marcadores no sangue de uma infeção latente. Não foi encontrada uma associação entre qualquer infeção por T. gondii e fragilidade. Mas descobriram que, entre os infetados, aqueles com maior concentração de anticorpos contra o parasita eram significativamente mais propensos a serem ‘frágeis’.
Os autores notam que uma maior sorointensidade pode refletir uma infeção mais virulenta ou generalizada, infeções múltiplas ou reativação recente de uma infeção latente, disseram os autores.
Aproximadamente, 11% a 15% das pessoas nos EUA foram infetadas com T. gondii em algum momento e as taxas tendem a ser muito mais altas em idosos. Em alguns países, mais de 65% foram infetados. Uma vez infetadas, as pessoas podem, sem saber, abrigar o parasita para toda a vida.
Os humanos são tipicamente infetados através da exposição aos ovos dos parasitas nas fezes dos gatos (o parasita após infetar os gatos, multiplica-se nos intestinos dos mesmos) ou através da alimentação de porco malcozinhado, cordeiro ou outra carne infestada.