Um consórcio luso-norueguês testou uma nova dieta à base de uma mistura de farinha de insetos com o objetivo de garantir as necessidades nutricionais do salmão e do robalo em aquacultura.
O projeto InFishMix, financiado no âmbito do Programa Crescimento Azul dos EEA Grants, utilizou duas espécies de insetos para produzir a mistura (Hermetia illucens e Tenebrio molitor).
De acordo com o comunicado, “os insetos podem ser uma ferramenta muito interessante como fonte proteica alternativa mais sustentável e promotora de benefícios funcionais relevantes”.
O consórcio é formado por duas empresas nacionais (a Thunder Foods e a EntoGreen) e três centros de investigação, dois portugueses, a Egas Moniz School of Health and Science, e o Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto, e um norueguês, o NORCE.
“A redução da dependência de ingredientes tradicionais como a farinha de peixe, óleo de peixe ou mesmo a soja, ou a preocupação com a qualidade da água, não comprometendo a saúde, qualidade e produtividade do pescado são questões abordadas em permanência, existindo um grande interesse na procura de ingredientes de origem inovadora e circular, que além de contribuírem para a robustez do pescado estão associados a menor impacto ambiental pela reduzida utilização de recursos naturais”, explica a comunicação.
A apresentação dos resultados aconteceu no Oceanário de Lisboa, no passado dia 18 de abril, onde se reuniu a cadeia de valor do setor português da aquacultura, “tendo ficado demonstrado o potencial da utilização das farinhas de inseto na alimentação de salmão e robalo em aquacultura”, esclarece o comunicado.