Um estudo publicado na revista Frontiers in Veterinary Science revelou que os agricultores atribuíram maior classificação ao bem-estar animal dos seus animais do que aquilo que as inspeções observacionais obtiveram. A investigação avaliou o bem-estar dos animais nas explorações eslovenas de suínos. Foi ainda investigado se a idade, o sexo, o nível de educação e a participação na formação profissional influenciavam a perceção que o agricultor tinha do bem-estar animal, informa o Portalveterinaria.
As maiores correlações entre a perceção dos agricultores e as inspeções observacionais foram obtidas nos parâmetros de comportamento animal e nas condições ambientais. Os agricultores consideraram o estado de saúde animal como o parâmetro mais importante para o bem-estar e as condições ambientais como o fator menos importante.
Os resultados deste estudo sugerem igualmente que a formação profissional é uma variável importante para o aumento dos níveis de bem-estar dos suínos. A idade, o género e o nível educacional não são variáveis significativas. No entanto, as explorações agrícolas geridas por agricultores homens mais velhos com um nível de escolaridade mais baixo, mas envolvidas na formação profissional de diferentes origens, obtiveram um resultado ligeiramente melhor.
Devido ao pequeno tamanho da amostra, os investigadores alertam que é preciso investigar mais aprofundadamente antes de tirar conclusões.
Metodologia
Os investigadores criaram um protocolo/questionário de bem-estar animal para explorações suinícolas que avaliava vários parâmetros de bem-estar animal:
- condição geral;
- comportamento animal;
- estado de saúde;
- condições de vida;
- condições ambientais.
Cada parâmetro incluía pelo menos cinco pontos de observação e foi pontuado numa escala de cinco pontos. Os mesmos pontos de observação foram utilizados para medir a importância percebida pelos agricultores do bem-estar dos animais e para a avaliação observacional. O estudo envolveu agricultores de 14 grandes explorações suínas eslovenas.