A British Veterinary Association (BVA) e a Sociedade Veterinária de Ovinos (SVS) emitiram ontem, 26 de fevereiro, uma declaração na qual apelam aos médicos veterinários e agricultores que considerem todas as opções antes de realizarem castrações em carneiros jovens.
Segundo a BVA, é fundamental para a saúde e bem-estar dos ovinos que quaisquer procedimentos que possam eventualmente criar dor e sofrimento sejam devidamente avaliados, mediante a efetiva necessidade do procedimento.
A castração e o docking (caudectomia) são, por vezes, procedimentos de rotina e, por serem dolorosos para os animais, devem ser feitos esforços para reduzir estes procedimentos, especialmente no caso de existirem técnicas alternativas.
“Em muitos rebanhos, reconhecemos que a caudectomia é, atualmente, o único meio prático de gerir os graves resultados negativos na saúde e bem-estar do ataque de moscas. No entanto, a caudectomia deve ser considerada uma abordagem de último recurso, sempre após consulta de um cirurgião veterinário”, lê-se na declaração conjunta, citada pela publicação Vet Times.
“Quando a castração e/ou caudectomia forem consideradas necessárias, devem ser feitas com a consulta do médico veterinário da propriedade agrícola como parte do plano de saúde da propriedade agrícola e bem-estar […]. A dor associada deve ser idealmente minimizada, através do uso de anestesia local e analgesia apropriada; no entanto, isto é impedido pela falta de produtos licenciados para uso em ovinos”, refere ainda o comunicado.
“A castração só deve ser realizada quando as alternativas não são compatíveis com a gestão geral da produção. Sempre que possível, a dor deve ser idealmente minimizada através do uso de anestesia local e analgesia apropriada, considerando a falta de produtos licenciados.”