Um estudo da Universidade de Liverpool, no Reino Unido, revelou que os tutores de cães têm dificuldades em distinguir entre sinais de envelhecimento e sinais de doença. Dessa maneira, conclui-se que é preciso orientações mais claras sobre quais os sinais comportamentais e físicos que constituem uma parte normal do processo de envelhecimento.
Segundo explicado em comunicado, o estudo também identificou lacunas significativas na comunicação entre profissionais veterinários e tutores de cães.
“Os resultados do nosso estudo revelaram que as mudanças relacionadas com a idade observadas pelos tutores foram maioritariamente percecionadas como ‘apenas velhice’, e as oportunidades de educar os tutores sobre quais os sinais comportamentais e físicos que representam um envelhecimento normal ou ‘saudável’, e o que é patológico, estão a ser perdidas, devido à falta de tempo, educação e, em alguns casos, motivação”, explica a investigadora Lisa Wallis.
Por sua vez, a investigadora Carri Westgarth nota que “o desenvolvimento de uma nova ferramenta de orientação poderia colmatar estas lacunas, orientar os debates sobre as melhores práticas em consulta com cães seniores e incentivar mais tutores a procurar aconselhamento veterinário”.
Os investigadores e a BSAVA anunciaram recentemente o BSAVA PetSavers Ageing Canine Toolkit (ACT), que pretende resolver estas preocupações.
O estudo teve como base entrevistas a fundo aos tutores e profissionais, assim como respostas de tutores em texto aberto através de um inquérito online. Foram analisadas as expectativas, experiências e atitudes em relação ao envelhecimento em cães, incluindo cuidados de saúde/tratamento preventivos e compreensão geral de alterações normais e anormais durante o envelhecimento.