Natacha Cardoso Na tomada de posse dos novos órgãos da OMV 2024-2027, que decorreu no dia 9 de fevereiro, na Culturgest, o atual bastonário Pedro Fabrica destacou a votação para a qual foi eleito como um recorde na história da ordem, que considera ser um sinal claro de interesse e esperança pela associação e pela profissão.
Esta será uma “nova era para a OMV, de profissionalização, renovação e modernidade”, referiu o atual bastonário, indicando que irá dedicar-se a tempo inteiro à representação da classe.
Sublinhou a realidade do setor e os desafios que a profissão enfrenta, onde se incluem a dificuldade de contratação e a fixação de médicos veterinários, assumindo que uma das prioridades do seu mandato passará pela dignificação da profissão e por melhores condições laborais.
Anunciou ainda o tema do Congresso da OMV deste ano, que será dedicado à carreira médico-veterinária, com o objetivo de criar orientações para que possa vir a existir um modelo de carreira. “Paralelamente queremos cooperar com as instituições de ensino universitário para suavizar a transição da vida académica para a vida laboral, atenuando o embate da exigente realidade”, enunciou o atual bastonário, acrescentando ainda que pretende combater o fosso geracional na classe, através de planos formativos.
Como parte das suas linhas de ação, com vista a reconhecer os profissionais que investem na sua formação em áreas específicas da medicina veterinária, revelou a sua intenção de avançar com as especialidades.
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Não deixou escapar um dos temas mais importantes e preocupantes para o setor, o bem-estar animal, que revelou estar na sua agenda de atuação através de uma estratégia da erradicação do abandono animal que pretende envolver todas as entidades que considera necessárias para a mitigação deste flagelo.
Enumerou ainda outros desafios para os quais tenciona trabalhar nos próximos quatro anos e que incluem “a criação de um roteiro para a profissão, o desgaste e as doenças profissionais, a nova lei de saúde animal, a nova legislação do bem-estar animal, a sustentabilidade e a Inteligência Artificial”.
Por último, reforçou a importância do médico veterinário na sociedade, na defesa e proteção da saúde pública. “Seremos uma ordem aberta ao rumo do que a sociedade ditar sobre o papel dos animais na vida das pessoas, na produção dos alimentos e também no ambiente, mas não abdicaremos do nosso caracter técnico e científico, assim como da defesa do todo e do bem comum. Estaremos disponíveis para acompanhar a evolução da sociedade, apoiá-la, mas sempre baseados em evidência científica para a proteção da saúde pública.”
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