Aponta-se para que nos anos vindouros a geriatria ocupe mais de 70% da prática médica (Chaudhry et al., 2012) e que a principal causa de mortalidade seja a doença cardiovascular, sobretudo a atribuível à hipertensão arterial (Virdis, 2011), devida às alterações próprias do envelhecimento (Beevers, 2006), como o desenvolvimento de processos ateroscleróticos nos grandes vasos e arteríolas e a rigidez da parede dos vasos (Longo et al., 2011).
Influência dos animais (cães) nos níveis de hipertensão arterial dos idosos
Para o controlo da tensão arterial (TA) poderão ser consideradas várias estratégias e abordagens, sobretudo a farmacológica, seguida de alterações do estilo de vida (Beevers, 2006; Acelajado et al., 2009) como tratamentos de primeira linha, mas também outras como a interação e contacto regular com animais. Muitas das conclusões de várias investigações científicas confirmam que a partilha do ambiente com animais de companhia tem um efeito positivo na saúde humana, inclusive na diminuição da TA (Odendall, 2000; Walsh, 2009), o que fora já corroborado anteriormente por outros estudos, como o de Anderson e coautores (1992) e de Vormbrock e colaboradores (1988) que afirmavam que os animais, principalmente os cães, poderiam reduzir os fatores de risco cardiovascular, como a TA.
Acredita-se que a posse de animais de companhia tem efeitos atenuantes sobre o risco cardiovascular (Arhant-Sudhir et al., 2011) dado que o convívio regular com animais de companhia tem sido associado a níveis mais altos de atividade física, na medida em que muitos tutores adotam padrões de exercício regular com os seus animais, tornando-se menos sedentários (Arhant-Sudhir et al., 2011), contribuindo, dessa forma, para a redução da resposta da TA sanguínea ao stress (Allen et al., 2001; Wrigth et al., 2007; Allen, 2003). São mesmo vários os estudos que têm sugerido a correlação entre benefícios sobre os distúrbios cardiovasculares (Wright et al., 2007; Zhi-yong et al., 2016; Ambrosi et al., 2018) e a posse ou Intervenções Assistidas por Animais (IAA). Outros estudos apontam ainda para uma melhor sobrevida à doença cardiovascular numa população de idosos hipertensos tratados (Chowdhury et al., 2017), para uma maior taxa de sobrevivência a enfartes do miocárdio (Allen et al., 2001; Virués-ortega et al., 2006; Friedmann et al., 2003) e para um menor risco de complicações em pacientes com doença cardiovascular (Cherniack et al., 2014) quando comparados com pessoas que não convivem regularmente ou que não possuem animais de companhia (Arhant-Sudhir et al., 2011).
O simples facto de interagir, “conversar” com os animais e de os acariciar ( Figura 1) está associado a menores respostas cardiovasculares nos idosos, pois este contacto promove “relaxamento”, tanto em pessoas com tensão sanguínea normal como naquelas que tendem a padecer de hipertensão (Allen, 2003).
Reação de idosos ao contacto com o cão antes da medição da tensão arterial, num lar na ilha da Madeira
Objetivo
O presente trabalho procurou avaliar a influência do convívio e da interação (incluindo visualização, conversação, toque e carícias) com um animal de companhia (um cão) nas alterações dos níveis da TA numa população de idosos, partindo da hipótese nula de que não há qualquer efeito ou alteração neste parâmetro fisiológico resultante do contacto com o animal. Considerou-se uma prevalência esperada de 50%, um erro de 5% e um IC de 95%.
Método
Este estudo incidiu numa base populacional que envolveu idosos com idade igual ou superior a 65 anos, institucionalizados ou que frequentavam os Centros de Dia de seis instituições de acolhimento na vertente sul da Ilha da Madeira.
Caracterização da amostra
Do um universo de todos os indivíduos que viviam à data nos lares da Região Autónoma da Madeira (1460) ou que frequentavam os respetivos centro do dia, definiu-se um N=100 escolhido através de uma amostra por conveniência. Esta seleção dos indivíduos que compõem a amostra foi feita com base em critérios estabelecidos entre os responsáveis de cada instituição e o próprio investigador:
i) Aceitação de participação dos utentes e/ou respetivos responsáveis no estudo, via consentimento informado;
ii) Não ter alergia ou fobia a animais;
iii) Ter idade igual ou superior a 65 anos.
Do total dos participantes, 7% eram do sexo masculino e 93% do sexo feminino, com uma média de idades de 80,9 anos e desvio padrão de 7,6.
Nenhum dos indivíduos que compunha a amostra era fumador ativo ou consumia álcool regularmente e a sua dieta, assim como a prática regular de exercício eram determinadas, e avaliadas médica e nutricionalmente, pela instituição de acolhimento destes utentes.
À maior parte dos utentes era administrada medicação para controlo da hipertensão arterial com exceção de 12% que não eram sujeitos a terapêutica hipo ou hipertensora.
Animal utilizado no estudo
O cão em questão (Figura 2), do sexo feminino, com adestramento básico, foi escolhido pelo seu temperamento calmo e amistoso e pela sua sociabilização, mas também pela familiaridade que tinha com o investigador, por forma a contribuir para a sua tranquilidade e confiança durante os trabalhos, não tendo havido qualquer incidente (como medo, pânico, repulsa, agressividade ou rejeição) entre os participantes e o cão, no decurso da investigação.
O bem-estar do animal foi acautelado em todo o processo deste trabalho pelo investigador com formação em medicina veterinária, comportamento animal e em IAA.
Medições e materiais
A medição da TA é caracterizada por variações, quer ao longo do dia quer entre dias e estações do ano diferentes (Beevers, 2006), pelo que é recomendável que se proceda a mais do que uma determinação da tensão, sobretudo nos idosos que têm uma maior variabilidade de tensão arterial (Virdis, 2011). No presente trabalho usou-se o monitor para a tensão arterial OMRON M3 COMFORT (figura 3). Foram asseguradas condições de um ambiente calmo durante o trabalho, sem quaisquer interferências que não fosse a decorrente do convívio com o animal na segunda medição de cada dia, e com recomendações de que nenhum utente fizesse exercício, comesse ou tomasse café ou outra bebida, num período de aproximadamente 30 a 45 minutos antes das medições (Kithas et al., 2010).
Procedimento
Em cada uma das 2 visitas efetuadas às instituições foram feitas duas medições da tensão arterial, num total de 4 medições. Os participantes eram reunidos em grupos pequenos de 4 pessoas de cada vez, para se assegurar um ambiente mais tranquilo tanto para os participantes como para o animal.
Os utentes das instituições de acolhimento ou de acompanhamento de idosos aguardavam sentados à hora e dia combinados a chegada do investigador para a primeira medição da tensão arterial desse dia, pelo que a recomendação de se perfazerem pelo menos 5 minutos em descanso antes da medição (Beevers, 2010) foi assegurada. Após esta primeira medição era-lhes apresentado o cão como fator de surpresa, sempre aos mesmos grupos de 4 utentes, de cada vez.
Após ter havido convívio (facultativo), que incluía a observação, a interação e verbalização com o animal, e o seu toque e acariciamento durante um período de cerca de 10 a 15 minutos, procedia-se à segunda medição da TA em cada participante, e aos respetivos registos dos valores obtidos.
Este procedimento foi repetido, de igual modo, após cerca de 30 dias aos mesmos utentes e da mesma forma.
Resultados
No que concerne aos resultados obtidos em cada etapa das medições de TA, pôde contatar-se que:
– No tempo global de avaliação deste estudo, entre a primeira (T1) e a última medição de tensão arterial (T4) houve tendência para a diminuição dos níveis categóricos de tensão arterial em 37% dos participantes, enquanto 36% mantiveram e 27% viram aumentados estes níveis (Gráfico 1);
– No tempo entre a primeira medição (T1) (sem o cão) e a segunda medição de tensão arterial (T2) (depois de conviver com o cão) aquando da primeira visita do animal, os níveis de tensão arterial diminuíram em 26% dos participantes, mantendo-se em 41% e aumentando em 33%;
– No tempo entre a terceira medição (T3) (sem o cão) e a quarta medição de tensão arterial (T4) (depois da interação com o cão), aquando da segunda visita do animal, os níveis de tensão arterial diminuíram em 32% dos participantes, mantendo-se em 44% e aumentando em 24%;
– No tempo entre a segunda (T2) e a última medição de tensão arterial (T4), ambas registadas após o convívio com o animal, houve diminuição dos níveis de tensão arterial em 42% dos participantes, enquanto 31% mantiveram e 27% aumentaram.
No que concerne aos resultados globais ao longo do tempo em que decorreu IAA, a tendência foi a de não haver, maioritariamente, alterações nos níveis de tensão arterial, o que corrobora a H0. No entanto, entre a primeira medição (sem animal) e a última medição (após a interação com o animal) a tensão arterial tendeu a diminuir na maioria dos utentes, o que também se verificou, e de forma mais pronunciada, entre a medição T2 e a T4, ambas após a interação com o animal.
A análise de contingência aplicada aos resultados globais nos vários tempos de medição da tensão arterial à amostra de idosos, expressou-se em gráfico (1) e em tabela (1) da seguinte forma:
Na Tabela 1 é possível verificar que as diferenças de médias entre os diferentes tempos de medição da TA não são signifivativas (valor de p).
Discussão dos resultados
Os resultados de alguns estudos têm vindo a sugerir que os animais de estimação podem reduzir os níveis de TA, o que é corroborado por algumas das medições em diferentes tempos do presente estudo. Os níveis de TA tenderam a diminuir entre a primeira medição de tensão arterial (T1), no momento da primeira visita aos participantes e a última medição, efetuada na segunda visita e depois de terem convivido com o animal, altura em que, notoriamente, estavam cada vez mais familiarizados e à vontade com o animal. O mesmo sucedeu entre as medições T2 e T4, ambas efetuadas após os participantes terem interagido com o cão, e neste caso a diminuição dos níveis de TA foi mais pronunciada, o que se pode interpretar à luz de uma maior descontração dos participantes perante o animal e a crescente familiaridade com o mesmo aquando da segunda visita.
Na primeira visita os níveis de TA tendencialmente não se alteraram, mantendo-se na maioria dos utentes após a segunda medição, havendo mesmo mais utentes em que os níveis de tensão tenderam a aumentar em vez de diminuir, o que se pode entender pelo fator surpresa da situação, inédita para todos os participantes e mesmo não tendo havido qualquer incidente com o animal é possível que em muitos dos participantes houvesse alguma tensão perante a situação. Na segunda visita ocorreu a mesma tendência para a manutenção dos níveis categóricos de TA na maioria dos participantes, porém foram em maior frequência os participantes em que a tensão arterial diminuiu do que aqueles em que aumentou, o que se pode ler pela habituação e maior confiança na interação com o animal, até porque na segunda visita era habitual a expectativa positiva de uma grande parte dos utentes das instituições de que se iriam rever ou não o animal. Subjetivamente, foi evidente para o investigador que as segundas visitas eram muito mais descontraídas e participadas pela maioria dos elementos da amostra do estudo.
As tendências dos resultados da segunda visita equiparam-se aos resultados globais deste estudo, ou seja, a maioria da população não alterou o nível categórico da TA, de onde podemos inferir que a presença do animal pode não ter sido determinante para alterar os níveis de TA nesta amostra, feminina e masculina. No caso particular desta última a tendência foi mesmo para o aumento dos níveis de TA em todos os intervalos de tempos de medição. Porém, na segunda visita, ainda assim, essa tendência reverteu-se para a diminuição, possivelmente pela maior descontração e familiaridade com a situação e com o cão.
No entanto, entre o início e o fim desta IAA foi maior a tendência global dos utentes para a diminuição dos níveis de TA comparativamente àqueles que aumentaram os níveis deste parâmetro. Ou seja, de alguma forma o contacto e convívio com o animal poderá conferir algum benefício e associar-se à diminuição da TA (sistólica e diastólica) em alguns utentes. Os casos em que essa mesma interação com o cão fez aumentar os níveis de TA foram registados e identificados pelo investigador como sendo sobretudo utentes que gostavam particularmente de animais e que se emocionaram ao recordar os que tiveram no passado, nas suas residências, podendo esta emoção estar na origem do aumento dos níveis de TA. Por outro lado, o próprio entusiasmo per si face à presença do animal foi acompanhado muitas vezes de gargalhadas, agitação e exercícios, sobretudo com as mãos e braços, o que também poderá ter influído nesta alteração particular dos níveis de TA.
Mais raramente também se identificaram casos pontuais de indivíduos que não gostando de animais e sendo-lhes estes indiferentes, e, portanto, não querendo interagir com o animal usado no estudo, nem manifestando qualquer emoção, não acusaram qualquer alteração de TA.
A este propósito, há que ter em conta que os benefícios dos animais para a saúde podem diferir para diferentes grupos populacionais (Headey et al., 2004) estando descritas situações em investigações de tutores de animais como tendo mais riscos cardiovasculares (Parlslow et al., 2003) e de pessoas mais velhas stressadas ou sedentárias e que poderiam beneficiar tanto com os efeitos relaxantes como com a indução ao exercício que os animais “impõem” (Headey et al., 2004). Ou seja, há uma literatura abundante relatando resultados mistos relativamente aos efeitos dos animais na saúde (Parslow et al., 2003) mas também há relatos de que os animais de companhia têm efeitos benéficos diretos no sistema cardiovascular quando os mesmos interagem com os seus tutores (Allen et al., 1991).
Conclusão
Este estudo constitui-se como um contributo para clarificar a associação dos benefícios dos animais de companhia, sobretudo o cão, e os valores da TA em idosos. Os animais de companhia não sendo, obviamente, um substituto e nem sequer fator determinante (e muito menos de primeira linha para a abordagem terapêutica da hipertensão arterial nos idosos) podem ser considerados como um coadjuvante de prevenção e mediação terapêutica.
No presente trabalho, o tempo entre o início e o fim da avaliação deste parâmetro contribuiu para a obtenção de melhores resultados, mesmo que não significativos estatisticamente, o que nos indicia que os benefícios para a TA resultantes do convívio e interação com cães devem continuar a ser ponderados em investigações futuras para um maior aprofundamento da prevenção e mediação terapêutica das doenças do foro cardiovascular na população idosa, estimulando a adoção de animais de companhia em instituições de acolhimento ou o recurso a serviços de IAA nas mesmas.
Porque apesar dos resultados globais deste estudo não nos permitirem inferir sobre o estabelecimento de causa-efeito no que respeita aos benefícios do animal utilizado para a diminuição da tensão arterial, os sentimentos subjetivos em relação a este trabalho é de que o animal utilizado despontou sentimentos muito positivos na população idosa participante, sobretudo na do sexo feminino.
Propõe-se, assim, que em futuros estudos a medição da tensão arterial seja feita num período de tempo mais prolongado e com maior frequência de medições.
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1 Department of Veterinary Sciences of the University of Trás-os-Montes and Alto Douro (UTAD)
2 Departments of Zootechnics of the University of Trás-os-Montes and Alto Douro (UTAD)
3 The Veterinary and Animal Research Centre (CECAV)
4 Research Centre for Anthropology and Health, Department of Life Sciences, University of Coimbra, 3000-456 Coimbra, Portuga
5 CAPP/ISCSP, Universidade de Lisboa, Lisbon, Portugal
6 Researcher FUNCAP at the University of Fortaleza (UNIFOR), Brazil
7 Coordinator Professor at the School of Health (ESS) – University of Madeir
8 Psychologist in a elderly institution in Madeira island
9 Centre for the Research and Technology of Agro-Environmental and Biological Sciences, CITAB – UTAD
10 ICVS/3B´s Laboratório Associado, PT Government Associate Laboratory. 3B’s Research Group – Biomaterials, Biodegradables and Biomimetics Department of Polymer Engineering – School of Engineering, University of Minho
*Artigo publicado na edição 173 da VETERINÁRIA ATUAL, de julho-agosto de 2023.