Um grupo de investigadores do GW Primate Genomics Lab, nos Estados Unidos da América, revelou que os cães com pelugem de apenas uma cor na face ou sem marcas faciais aparentam fazer mais movimentos faciais e expressões quando interagem com os seus tutores do que cães com padrões ou várias cores na sua pelugem facial.
Segundo explicado em comunicado, no estudo publicado na revista científica Animals foi ainda revelado que os indivíduos são bons a avaliar os níveis de expressividade dos seus cães. Apesar disso, os tutores com cães entre os dois e os sete anos de idade são mais precisos na avaliação se os seus cães possuírem pelugem de apenas uma cor.
O estudo envolveu mais de 100 cães e os seus tutores. A equipa pediu a cada participante do estudo que registasse os seus cães em quatro condições diferentes. Depois, através de um sistema de codificação padronizado chamado DogFACS, foi analisado o comportamento de cada animal e criado um sistema para avaliar marcas faciais e padrões nos rostos dos cães. Os participantes do estudo também foram solicitados a completar uma pesquisa que incluía vários dados demográficos sobre os animais e avaliava o quão bem o participante julgava as expressões do seu animal.
Outros destaques:
- Os cães idosos aparentam ser menos expressivos na sua comunicação com os seus companheiros humanos, o que pode ser derivado de um relacionamento mais longo e bem estabelecido com o seu companheiro humano;
- Os cães de trabalho ou cães altamente treinados mostram-se mais expressivos, uma vez que este tipo de relação exige uma comunicação fluente.
“À medida que os cães se tornam cada vez mais integrados na sociedade humana, é importante que entendamos como eles comunicam connosco e como podemos nos comunicar melhor com eles”, explica a principal autora do estudo, Courtney Sexton.
