A Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica de Medicamentos Veterinários (APIFVET) recorda as consequências das alterações climáticas e o consequente aumento da temperatura na saúde animal e humana. Em comunicado, exemplifica uma delas: o aparecimento de novas doenças que podem ser transmitidas entre animais e humanos (zoonoses).
O presidente da APIFVET, Jorge Moreira da Silva, refere que “estas novas doenças irão, por um lado, aumentar a morbilidade e a mortalidade animal, tendo um impacto negativo no acesso à proteína animal por parte das populações humanas, desequilibrando a sua dieta”. “Por outro lado, estas doenças implicam novos tratamentos e podem levar ao aumento de consumo de medicamentos veterinários, como os antibióticos que, devido ao seu uso continuado ou desadequado, contribuem para a emergência e disseminação de bactérias resistentes, mesmo nos humanos”, acrescenta.
Na visão da APIFVET, “a única maneira de evitar que o ambiente tenha influência na saúde animal é apostar na prevenção, tanto através de vacinas, como da desparasitação regular (interna e externa) de todos os animais”. “No caso dos animais de produção, é igualmente importante que as explorações tenham planos de monitorização de temperaturas e planos de biossegurança”, acrescenta a associação.