No Dia Internacional do Animal Abandonado, que se celebra hoje, dia 17 de agosto, a reflexão sobre a responsabilidade associada à adoção de animais ganha especial relevância. Profissionais alertam que a adoção é um compromisso a longo prazo que exige tempo, recursos e preparação emocional.
O médico veterinário António Dias, das clínicas veterinárias Clinicanimal (Tiendanimal), sublinha que “amar bem é amar com consciência” e que o acolhimento de um animal deve ser “planeado e pensado para garantir uma relação estável e feliz a longo prazo”.
Para ajudar potenciais tutores a tomar uma decisão informada, o profissional propõe quatro perguntas-chave:
- Tenho tempo suficiente para cuidar do meu animal?
A rotina deve permitir atenção diária, não apenas para cuidados básicos, mas também para afeto e interação. - Estou preparado para as responsabilidades financeiras?
Além da alimentação, é preciso contar com consultas veterinárias, vacinas, tratamentos preventivos e eventuais despesas inesperadas. - O meu estilo de vida é adequado às necessidades do animal?
Idade, temperamento e energia do pet devem estar alinhados com o ritmo e hábitos do tutor. - Sei lidar com desafios comportamentais?
Animais bebés exigem treino constante; seniores têm necessidades específicas; e muitos adotados chegam com traumas que requerem paciência e, por vezes, apoio profissional.