A International Cat Care (iCatCare) divulgou novas diretrizes internacionais de consenso para o diagnóstico e gestão da diabetes mellitus em gatos, atualizando o enquadramento clínico da doença e incorporando avanços recentes em terapias, monitorização e compreensão das comorbilidades associadas.
As novas iCatCare Consensus Guidelines 2025 fornecem orientações práticas tanto para casos complexos como para situações de rotina. O documento destaca a importância de um trabalho coordenado entre equipa veterinária e tutores, reforçando que esta colaboração melhora substancialmente os resultados e a qualidade de vida dos gatos.
Entre os aspetos clínicos sublinhados está a necessidade de avaliar comorbilidades frequentes, como o hipersomatotropismo, que pode alterar o curso da doença. A escolha terapêutica deve ser individualizada e pode incluir insulina ou inibidores do cotransportador sódio–glicose tipo 2, sempre associada a um plano alimentar adequado e a uma monitorização acessível e sustentável para o tutor.
O seguimento regular continua a ser essencial para detetar complicações como cetoacidose diabética ou hipoglicemia, enfatizam os especialistas, avançando ainda que a utilização de dispositivos de monitorização contínua uma das ferramentas recomendadas.
Os autores das novas diretrizes sublinham também que a diabetes felina, marcada por défice absoluto ou relativo de insulina, continua a ser um desafio clínico frequente. No entanto, as opções terapêuticas disponíveis cresceram nos últimos anos, incluindo diferentes formulações de insulina e novos medicamentos orais. Em paralelo, o uso crescente de dispositivos de monitorização contínua da glicose permite obter dados mais precisos sobre a resposta dos animais ao tratamento.
As diretrizes foram produzidas por um painel de especialistas da iCatCare Veterinary Society, com base na literatura científica, na opinião técnica e na experiência clínica acumulada. O objetivo é fornecer aos profissionais uma estrutura atualizada e pragmática que permita melhorar o controlo da diabetes felina e abrir caminho a abordagens mais eficientes no futuro.

