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Animais de companhia

Qual o papel dos veterinários na prevenção de tutores imunocomprometidos?

Qual o papel dos veterinários na prevenção de tutores imunocomprometidos? Image generator/ChatGPT

63% dos veterinários não questiona com frequência sobre a presença de indivíduos imunocomprometidos entre os tutores de animais de companhia, apesar de 54% oferecerem recomendações específicas para este grupo de pessoas.

São as conclusões de um estudo realizado por investigadores espanhóis, que aprofundou o papel crucial dos veterinários na prevenção de doenças zoonóticas em indivíduos com um sistema imunológico frágil.

 

Desta forma, a investigação teve como objetivo avaliar o conhecimento e as práticas dos veterinários em relação a pessoas imunocomprometidas com animais de companhia.

De acordo com o estudo, embora a maioria dos veterinários siga diretrizes sólidas no que toca à prevenção de doenças zoonóticas – como Leishmania e Leptospira, há ainda áreas a serem melhoradas relativamente à consciencialização e à implementação da vacinação contra Bordetella bronchiseptica, bactéria que pode causar tosse em cães e ser transmitida a humanos.

 

Segundo os investigadores, “esta falta de deteção poderia resultar numa subnotificação de casos de exposição a riscos zoonóticos nessa população vulnerável”.

Além disso, os resultados evidenciaram também que os médicos veterinários apresentaram um maior conhecimento relativamente a casos zoonóticos e à identificação de microrganismos zoonóticos em comparação com os profissionais médicos.

 

Os investigadores salientaram que “esta discrepância destaca a importância de alavancar a experiência e o conhecimento dos veterinários na prevenção e manuseamento de doenças zoonóticas, especialmente em populações vulneráveis, como crianças imunocomprometidas”.

Apesar da relação entre animais de companhia e humanos ser já parte integrante da vida moderna, essa convivência próxima pode também apresentar desafios, nomeadamente para indivíduos com um sistema imunológico frágil, tal como crianças que receberam transplantes de órgãos ou estão em tratamentos imunossupressores, enfatiza a investigação.

 

Os investigadores salientam ainda a importância da colaboração interdisciplinar entre médicos, veterinários e outros profissionais de saúde para enfrentar eficazmente os desafios relacionados às doenças zoonóticas, garantindo a saúde e o bem-estar dos animais de companhia e seus tutores.

 

 

 

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