Segundo Irina Kerkis, responsável pela pesquisa, a grande vantagem da proteína crotamina é que consegue distinguir as células normais das células cancerígenas, sendo que consegue entrar nestas últimas, com um efeito que dura até 24 horas. Tal poderia permitir que uma substância fosse administrada apenas uma vez por dia, reduzindo os efeitos colaterais da quimioterapia.
“A crotamina inibe o crescimento das células alteradas e mata-as. Em alguns casos, o cancro praticamente desapareceu”, revela Irina Kerkis ao portal brasileiro Globo.
A substância pode ainda ser uma ferramenta biotecnológica poderosa, uma vez que pode ajudar no diagnóstico do cancro. Isto porque quando entra nas células cancerígenas, a crotamina transforma-se num marcador que deteta o crescimento do tumor e casos de metásteses. “Estamos otimistas, mas ainda estamos em fase de pesquisas”, realça Irina Kerkis.