Um estudo, conduzido no Reino Unido em 2012, demonstrou que o risco de infeção com a bactéria Borrelia burgdorferi, causadora doença, é muito maior do que se pensava.
Levado a cabo por uma equipa de investigadores da Stony Brook University School of Medicine e do Brookhaven National Laboratory, nos Estados Unidos da América, o ensaio clínico incidiu sobre uma amostra constituída por 300 pessoas residentes na Alemanha e na Áustria. A equipa analisou a segurança e o potencial de resposta imunitária da vacina através de uma variedade de doses nos participantes que receberam três doses iniciais e um reforço.
A tecnologia utilizada no desenvolvimento da vacina baseou-se na utilização da proteína mais proeminente da superfície exterior da Borrelia, quando esta se encontra presente nas carraças.
Através da utilização da estrutura desta proteína, conhecida como OspA, os especialistas obtiveram, através de técnicas de bioengenharia, proteínas específicas de OspA não existentes na natureza. As novas proteínas de OspA, denominadas proteínas de fusão, contêm diversos componentes de diferentes espécies de Borrelia. Os resultados dos ensaios revelaram que todos os tipos e doses da vacina administrada resultaram em anticorpos eficazes contra todas as espécies de Borrelia.
A equipa de investigação acredita agora que a terceira fase dos ensaios clínicos “demonstre não só uma forte resposta imunitária, como também uma verdadeira eficácia numa amostra alargada da população que ilustre a proteção contra a doença de Lyme”.