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Medicamentos

Universidade britânica estuda uso de medicamentos em cães ansiosos

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A Universidade de Lincoln, no Reino Unido, realizou um estudo que teve como objetivo analisar a utilização de medicamentos em cães que sofrem de ansiedade de separação. Os resultados demonstraram que o medicamento equivalente ao Prozac, para cães, pode tornar os animais que sofrem de ansiedade mais otimistas.

Os problemas relacionados com a ansiedade de separação estão entre os problemas comportamentais mais descritos pelos proprietários de cães, razão pela qual os investigadores decidiram avançar com o estudo. Até agora já haviam sido realizados estudos que relacionavam os tratamentos com medicação psicoativa com mudanças comportamentais, no entanto a utilização destes medicamentos continua a ser muito contestada.

O estudo agora publicado na revista científica BMC Veterinary Research lança um novo olhar sobre os animais tratados com fluoxetina, composto ativo no Prozac, para humanos, e no Reconcile, para animais.

Para entenderem a influência deste fármaco, os cientistas estudaram cães que sofriam de ansiedade de separação, com sintomas como uivos, latidos, destruição de objetos ou urinar e defecar quando deixados sozinhos: os animais foram submetidos a um teste de comportamento que pretendeu avaliar se os animais se sentiam otimistas ou pessimistas.

Assim, os animais foram ensinados que quando uma tijela de alimentação era colocada num local específico continha comida e que quando era colocada noutro local estava vazia. Os resultados demonstraram que quando os cães foram tratados para problemas de separação usando um programa de modificação do comportamento, combinado com o tratamento com fluoxetina, tornavam-se mais otimistas e, à medida que seu humor melhorava, também melhorava o problema de comportamento.

Daniel Mills, um dos responsáveis pelo estudo, explica que “durante algum tempo eu, assim como muitos outros, estava preocupado com o facto de fármacos como o Reconcile inibirem o comportamento, não tendo efeitos no humor do animal. Mas com o advento de novos métodos para avaliar o bem-estar animal, somos capazes de responder a essa questão e estamos satisfeitos de ver que, quando o fármaco é usado dentro de faixas terapêuticas normais, os cães realmente parecem melhores.”

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