Um em cada três trabalhadores portugueses está em risco de burnout. A conclusão é de um estudo divulgado pela DECO que inquiriu 1146 trabalhadores e que revela que entre as queixas mais comuns está a falta de apoio dos supervisores em situações de maior stress.
A Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor diz também que entre os profissionais com maior risco de sofrer de burnout estão os empregados de lojas e supermercados (43%), os profissionais de saúde (não médicos, 39%) e quem trabalha em serviços administrativos (37%) ou em profissões ligadas ao ensino (28%).
Para além disso, três em cada dez trabalhadores portugueses afirmaram-se emocionalmente cansados do trabalho mais de uma vez por semana e 35% revelaram sentir-se exaustos com a mesma frequência. “Em 11% dos casos, o cansaço surge todos os dias, logo de manhã, perante a perspetiva de mais uma jornada de trabalho. Diário é também o stress laboral para 14%. Contudo, a maioria dos inquiridos considera que desempenha bem as suas funções profissionais”, indica o estudo.
Entre as principais razões para o descontentamento dos trabalhadores portugueses estão as próprias funções executadas, a perceção de que é impossível progredir na carreira e a má relação com os superiores hierárquicos.
O estudo revela também que 77% daqueles em risco de burnout são trabalhadores efetivos e três quartos trabalham total ou parcialmente na área em que se especializaram em termos profissionais ou académicos. Dos que têm formação superior, 81% exercem funções na sua área de especialização.
Conheça o estudo em detalhe aqui.