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Animais de companhia

Tutores confiam no veterinário para tomar decisões difíceis em situações de reanimação cardiopulmonar

Tutores confiam no veterinário para tomar decisões difíceis em situações de reanimação cardiopulmonar iStock

Os tutores confiam no médico veterinário para tomar decisões difíceis na área da saúde dos seus animais de companhia e preferem que sejam os profissionais a decidir quando interromper manobras de reanimação cardiopulmonar (RCP) e, por consequente, sejam informados após os esforços de reanimação, de acordo com um estudo publicado no Jornal da Associação Médica Veterinária Americana.

Os resultados indicaram que, na sua maioria, os clientes (56% numa pergunta de cenário curto e 63% numa pergunta de cenário longo) preferem ser informados sobre manobras de ressuscitação do seu animal de companhia após esta ter sido concluída. Além disso, a grande maioria dos entrevistados (84%) expressou que prefere que seja o próprio veterinário a tomar a decisão de interromper a RCP.

 

De acordo com o estudo, os médicos veterinários têm tendência a informar os tutores sobre manobras de RCP no início ou durante os esforços de ressuscitação. Esta abordagem depende das preferências pessoais dos veterinários ou das políticas hospitalares existentes, que não são baseadas em evidências científicas, indica a análise.

Na seção de comentários opcionais, os participantes enfatizaram a importância de priorizar o atendimento ao animal em detrimento da comunicação com os tutores.

 

Segundo o estudo, a maioria dos entrevistados prefere falar com um membro da equipa não especializado em medicina veterinária durante a RCP, em vez de falar com médicos veterinários ou técnicos que, de outra forma, podem estar ocupados com os esforços de ressuscitação.

Apenas uma pequena porção dos entrevistados admitiu preferir ser informado o mais rápido possível em caso de RCP, isto para terem a oportunidade de estarem presentes durante as manobras, de acordo com o inquérito.

 

Os entrevistados também abordaram a carga emocional para os tutores que tomam decisões médicas, como a interrupção da reanimação durante a RCP, e foi concluído que não se sentiriam capazes de tomar uma decisão racional.

Estas descobertas têm uma grande relevância clínica, uma vez que proporcionam uma melhor compreensão das preferências dos tutores em situações de RCP, o que pode contribuir para melhorar a comunicação entre cliente e médico veterinário e, por sua vez, melhorar também as tomadas de decisões durante a reanimação, adiante a análise.

 

O estudo deixa também a nota de que são ainda necessários mais estudos para se alcançar uma população mais ampla e, assim, ser possível fazer recomendações gerais neste tema.

A análise foi realizada por meio de um inquérito anónimo online entre clientes de um hospital veterinário académico. No total, reuniu 1 648 respostas válidas de entre 2 127 participantes.

 

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