Os técnicos veterinários norte-americanos têm sido nos últimos anos protagonistas de notícias devido ao seu descontentamento em relação ao estado da profissão. Mas de que se queixam, afinal, estes profissionais?
Um estudo recentemente publicado pela National Association of Veterinary Technicians in America (NAVTA), e citado pela The American Veterinary Medical Association (AVMA), indica que além dos baixos salários e sinais de burnout, por detrás do descontentamento da classe está também a falta de compaixão e reconhecimento da sua importância na prática clínica.
De acordo com o estudo, para o descontentamento da classe contribuem ainda as dinâmicas profissionais e a comunicação nas clínicas onde exercem (40%), o não cumprimento dos clientes (39%) e a falta de recursos nas clínicas veterinárias (11%).
Os resultados mostram também que este tipo de fatores já levaram a que alguns veterinários norte-americanos abandonassem a profissão, contudo 51% dos que participaram no estudo revelam estar “muito satisfeitos” com a sua carreira e revelam que não a planeiam abandonar.
Segundo a NAVTA, um dos maiores problemas da classe não se prende com a falta de profissionais, mas sim com as baixas taxas de retenção deste tipo de profissionais nas clínicas veterinárias.
Rebecca Rose, presidente da organização citada pela AVMA, explica que a falta de perspetivas de desenvolvimento de carreira nas clínicas veterinárias e hospitais leva a quer muitos destes profissionais acabem por abandonar os locais onde exercem.
De acordo com Rebecca Rose, nos EUA, os técnicos veterinários ganham em média entre 14 a 16 dólares por hora, com muitos (43%) a revelarem trabalhar em média entre 30 e 40 horas por semana e outros tantos (37,6%) a indicar que trabalha entre 40 a 50 horas por semana.
Conheça o estudo completo aqui.