«Em 2007 manteve-se a tendência decrescente da taxa de natalidade, com uma redução de cerca de 3.000 nados-vivos em relação ao ano de 2006», lê-se no documento, divulgado no site da Direcção-Geral da Saúde (DGS), e citado pelo “Diário Digital”.
Também a taxa de mortalidade perinatal (fetos com mais de 28 semanas e nados-vivos com menos de sete dias) retomou a tendência decrescente, passando de 4,8 mortes em 1.000 casos em 2006 para 4,5 no ano passado. O Alentejo e na Região Autónoma dos Açores são excepções, apresentando uma taxa de mortalidade perinatal acima da média, ambas com 7,3 mortes por cada mil casos.
Apesar de desdramatizar estes números, a DGS recomenda uma análise cuidadosa dos dados nestas regiões. «Trata-se, contudo, em números absolutos, de valores pequenos que, embora mereçam uma análise cuidadosa a nível local, devem ter uma leitura prudente».
No que concerne à mortalidade infantil – bebés até um ano de idade – registou-se uma subida muito ligeira em relação a 2006, ano em que Portugal teve o valor mais baixo de sempre, isto é, 3,3 mortes por mil nascimentos.
Em 2007, esse valor aumentou para 3,4 mortes em mil bebés nascidos, valor esse que já se tinha registado no ano de 2005.
Este ligeiro aumento da taxa de mortalidade infantil foi registado em todas as regiões, excepto o Algarve e os Açores que foram as únicas onde foi possível observar um decréscimo da taxa de mortalidade, seguidas de Leiria (1,2), Aveiro (2,5), Coimbra (2,6) e Santarém (2,7).
No extremo oposto estão regiões como Bragança (6,5), Portalegre (6,2), Viana do Castelo e Guarda (5,8) e Viseu (5,7), onde se verificaram as maiores taxas acima da média nacional de 3,4 mortes por mil nascimentos.
De acordo com o relatório, a taxa de mortalidade neonatal (com menos de 28 dias de vida) é responsável pela subida da mortalidade infantil no Norte, sobretudo no distrito de Viana do Castelo.
Analisando somente as mortes em bebés com menos de sete dias, a taxa em todo o país é de 1,6 por cada mil nascimentos, mantendo-se inalterada pelo terceiro ano consecutivo.
Este relatório revela ainda que a mortalidade fetal (fetos mortos com mais de 28 semanas de gestação) registou uma ligeira redução de 2006 para 2007, quando se verificava uma média nacional de três fetos mortos por cada mil nados-vivos.
O Alentejo é a região com mortalidade fetal mais elevada, especificamente a sub-região de saúde de Portalegre, com 7,4 por mil nascimentos.