Uma startup brasileira está a desenvolver uma técnica de produção de células estaminais para utilização veterinária. De acordo com a revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios, a empresa chama-se Cellen e está a criar um banco de células estaminais no estado do Rio de Janeiro com o objetivo de começar a comercializar a inovação ainda este ano.
A ideia nasceu em 2013 e partiu de uma médica veterinária que mais tarde se juntou a um biotecnólogo e uma bióloga. “Adorava trabalhar com investigação, mas embora os estudos mostrassem o potencial das células estaminais, estas ainda estavam muito distantes dos animais. Assim, decidi investir na ideia de montar um laboratório para tratar animais e chamei os dois para trabalhar comigo”, refere Luciana Figueiredo, à publicação brasileira.
No ano passado, a ideia foi aceite na incubadora do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (COPPE), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFJR).
E apesar de existirem atualmente cinco bancos de células estaminais no Brasil, o objetivo da Cellen é conquistar a região do Rio de Janeiro, onde não existia até à data nenhum banco de células estaminais de uso veterinário. Para isso está já a trabalhar com sete veterinários que recolhem o material biológico e tem já células estaminais de “cães, gatos e cavalos, que são recolhidas de tecido adiposo, medula óssea ou cordão umbilical”.
Ainda assim, a médica veterinária explica que é preciso criar procura no mercado, até porque não existem ainda muitos profissionais que já trabalhem com células estaminais na medicina veterinária, e alerta: “as células estaminais são capazes de grandes resultados, mas variam muito de caso para caso. O ideal é sempre manter os pés no chão durante o tratamento.”