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Sobreviventes de 1918 imunes ao vírus da gripe

Sobreviventes de 1918 imunes ao vírus da gripe

Uma equipa de investigadores norte-americana descobriu que as células humanas têm memória suficiente para reconhecer um vírus com que contactaram 90 anos antes.

Segundo o “Jornal de Notícias”, os cientistas dos EUA analisaram amostras de indivíduos nascidos antes da pandemia que ocorreu entre 1918 e 1920 e concluíram que os sobreviventes da gripe "espanhola" têm nas suas células anticorpos capazes de reconhecer e destruir o vírus H1N1, responsável pela mais devastadora das pandemias.
O estudo, conduzido por investigadores da Faculdade de Medicina de Mount Sinai, Estado Unidos, e publicado na revista "Nature", foi feito a partir de amostras de sangue colhidas a 32 idosos nascidos antes de 1908.
Os resultados revelaram que havia ainda a capacidade de as células B gerarem anticorpos e, assim, neutralizarem de forma eficaz o vírus em questão. E, passados tantos anos de terem estado em contacto com o causador daquele tipo de gripe, verificou-se nos organismos a mesma resposta defensiva.
Os investigadores recorreram também a esses anticorpos para testar laboratorialmente em ratos de laboratório o tratamento de um grupo de animais infectados com aquela gripe, que se estima ter vitimado cerca de 50 milhões de pessoas. Aqueles anticorpos mostraram-se bastante potentes e por isso foram necessárias doses muito baixas para destruir o vírus.
Este progresso na compreensão do comportamento dos vírus da gripe é não apenas importante para o desenvolvimento de vacinas, mas também para o entendimento dos mecanismos de defesa do organismo humano face a invasores desconhecidos.

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