Numa questão de semanas, seis cães de salvamento e assistência, conhecidos como os “Super Seis”, deverão estar de serviço na linha da frente no Reino Unido.
A equipa é composta por Norman, um working cocker spaniel com dois anos; Digby, um labradoodle de 20 meses; Storm, cruzamento de labrador retriever e golden retriever com três anos; Star, um labrador retriever de dois anos; Jasper, um working cocker spaniel com um ano; e Asher, também um working cocker spaniel, de cinco anos.
Os cães serão treinados para detetar o vírus em menos de um segundo, mesmo em casos de infetados assintomáticos.
A Medical Detection Dogs (MDD) vai treinar os cães para que possam realizar um diagnóstico rápido e não invasivo, numa parceria com a London School of Hygiene and Tropical Medicine e a Universidade de Durham.
“Temos os cães e estamos atualmente a recolher amostras, tanto de hálito como de suor, de pessoas com um diagnóstico de covid-19”, explica Claire Guest, da instituição de caridade, citada pela Vet Times.
“É um vírus novo, mas ainda não houve uma doença que estes cães não tenham sido capazes de detetar, por isso estamos extremamente esperançosos”, acrescenta.
“Estes cães serão treinados entre de seis a oito semanas para identificar de forma fiável este odor e estarão prontos para se posicionarem como uma verdadeira linha de frente de defesa e, esperemos, o primeiro de muitos cães a serem treinados para a causa”.
O Governo britânico anunciou, a 23 de abril, a sua intenção de testar todos os trabalhadores essenciais.
Perante a impossibilidade de realizar mais testes e com os ensaios de vacinas do Reino Unido apenas a começar, os “Super Seis” poderão ajudar a identificar precocemente a doença, diminuindo a transmissão do novo coronavírus.
Os cães vão estabelecer contacto com infetados, farejarão apenas o ar à volta de uma pessoa, sem qualquer contacto direto, para evitar o risco de propagação do vírus.