«O Estado deve adoptar uma lei que obrigue os criadores de cães a pagar uma taxa e que isente de taxa aqueles que adoptem cães errantes», afirmou a presidente do Centro Vita de defesa dos direitos dos animais, Irina Novojilova, durante uma conferência de Imprensa em Moscovo, citada pela “Lusa”.
Após a queda da URSS, vários cidadãos russos iniciaram-se na criação de cães de raça. No entanto, os animais não vendidos, bem como aqueles que eram e são abandonados pelos seus donos, passaram a habitar as ruas, chegando mesmo a formar grandes matilhas.
Para combater a situação, muitos destes animais acabam por ser capturados e mortos em centros especializados, dependentes dos municípios.
«Estes animais são sistematicamente mortos com substâncias que os fazem sofrer», criticou Novojilova.
«O curare (um veneno de acção paralisante) é a principal substância utilizada na Rússia para matar os animais», informou a presidente da Associação de Veterinários Russos, Tatiana Bardioukova.
A cidade de Moscovo, com dez milhões de habitantes, conta actualmente com cerca de 26 mil cães vadios, de acordo com o Instituto de Defesa do Ambiente e da Evolução Severtsov.
Rússia: ONGs reivindicam lei que proteja cães vadios
Várias Organizações Não Governamentais (ONG’S) russas de defesa dos direitos dos animais solicitaram, recentemente, às autoridades, a adopção de uma lei que proteja os cães abandonados que, actualmente, integram o cenário urbano das grandes cidades da Rússia.