A resistência aos antibióticos pode vir a custar 10 milhões de vidas e 100 mil milhões de dólares até 2050 se não forem tomadas medidas para resolver o problema. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), que divulgou estes números, “o custo da inação nesta matéria pode representar uma queda de entre 2 e 3,5% do PIB mundial”.
Segundo Swarup Sarkar, diretor do Departamento de Doenças Contagiosas do escritório regional do Sudeste Asiático da Organização Mundial de Saúde (OMS), “estamos perante a maior ameaça nos esforços de combate às doenças contagiosas”.
De acordo com o responsável, se não forem tomadas medidas, até 2050 a resistência aos antibióticos pode matar mais pessoas do que o cancro: 4,15 milhões em África, 4,73 milhões na Ásia e cerca de 400 mil nos Estados Unidos e Europa.
Para Swarup Sarkar, a proliferação dos ‘supermicróbios’ está a crescer cada vez mais, com alguns a resistirem a quase todos os antibióticos disponíveis no mercado. “Quando há resistência o impacto na saúde pública é imenso. Tratamentos mais longos, mais hospitalizações, maior mortalidade. Tratar um paciente com tuberculose resistente, por exemplo, custa o mesmo que tratar 100 pacientes com tuberculose não resistente”, refere o responsável.
