Foram encontradas quatro estirpes de bactérias multirresistentes no Rio Ave. O ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, já fez saber que a Administração da Região Hidrográfica do Norte (ARH-Norte) está a investigar a origem, referindo que não existem, no entanto, motivos alarme.
A descoberta foi feita em abril, por um estudo científico do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto e da Universidade de Friburgo, na Suíça. Os responsáveis pela investigação isolaram as estirpes de bactéria na água do Rio Ave e confirmaram que todas eram ‘Escherichia coli‘ com capacidade de resistência aos antibióticos, nomeadamente resistentes aos antibióticos utilizados em hospitais para tratar as infeções mais graves (carbapenemos).
De acordo com o Diário de Notícias, o ministro do Ambiente defende que é preciso que os padrões de análise às águas dos rios sejam sistematicamente melhorados. “É sem dúvida muito saudável que organizações universitárias sejam ainda mais exigentes nas análises que são feitas e encontrem bactérias como estas que foram encontradas, que são sem dúvida de preocupação para nós, e a certeza de que aquilo que é o padrão comum analítico que é feito nas águas do rio têm de ser sistematicamente aperfeiçoado.”
Além disso, o responsável pela pasta do Ambiente sublinha que é importante acompanhar a investigação científica, “que nos vai dando provas inequívocas daquilo que são novas preocupações e novos cuidados a ter”.