Para os menos familiarizados com o conceito, a ideia de ter um assistente social numa clínica ou hospital veterinário pode não fazer sentido, mas uma clínica veterinária dos Estados Unidos da América quer provar que não é bem assim.
De acordo com um artigo recentemente publicado pelo Post Gazette, a Pittsburgh Veterinary Specialty and Emergency Clinic decidiu contratar uma assistente social licenciada para prestar apoio tanto aos clientes da clínica, como ao seu staff.
Não são desconhecidas as estatísticas que indicam que a profissão é uma das mais sujeitas a stress e ao consequente burnout. Também não são desconhecidas aquelas que indicam que os profissionais do setor então entre aqueles mais suscetíveis ao suicídio como resposta a situações de stresse, esgotamento e depressão.
Foram precisamente estes os motivos que levaram a clínica veterinária a contratar um profissional que ajudasse a equipa a minimizar os efeitos de uma profissão que está entre as mais stressantes do mundo. De acordo com o Post Gazette, a assistente social avalia o estado emocional da equipa médico-veterinária e ajuda-os a atingir um estado emocional mais estável para que possam trabalhar nas melhores condições.
Além de apoio psicológico aos membros da equipa a sofrer com situações de fadiga, o objetivo da integração de um assistente social na equipa médico-veterinária passa também por prestar apoio a donos de pacientes a lidar com cuidados paliativos, eutanásia e perdas e apoiar a equipa veterinária na comunicação com donos de animais em situações de crise, como dar más notícias.
O conceito surgiu em 2002 por Elisabeth Strand, fundadora do conceito ‘veterinary social work’ na University of Tennessee’s College of Veterinary Medicine. A ideia é alargar o conceito do programa a outras universidades e clínicas e certificar estudantes como ‘veterinary social workers’.