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Projecto As Crianças e os Cães: Veterinários alertam as crianças para a saúde dos seus animais

Projecto As Crianças e os Cães: Veterinários alertam as crianças para a saúde dos seus animais

Médicos veterinários de várias regiões do país trabalham no sentido de sensibilizar os mais novos para as necessidades e cuidados específicos a ter com os cães de companhia. O objectivo passa pelo reforço da importância da assistência veterinária regular na saúde dos animais.

Cerca de 2.000 crianças de 11 escolas primárias públicas de Lisboa, Setúbal, Évora, Faro, Oeiras, Porto, Braga, Almada, Viseu, Coimbra e Leiria irão receber conselhos sobre como cuidar do seu cão, numa iniciativa que será levada a cabo por um conjunto de médicos veterinários e que visa a divulgação dos cuidados básicos a ter com os cães e informações sobre as doenças que mais os afectam.
A primeira acção teve início com a visita da médica veterinária do Hospital Veterinário do Restelo, Maria João Fonseca, aos cerca de 110 alunos da Escola Básica do 1º Ciclo do Bairro do Restelo.
Na visita às escolas, os médicos veterinários levam consigo um ou mais cães para promover uma maior interacção das crianças com os animais. «Chegar às crianças é a forma mais eficaz de educar uma população. Neste caso, é necessário fazer passar duas mensagens importantes: os benefícios do contacto com os animais e as medidas profilácticas que garantem a qualidade de vida dos cães», diz Maria João Fonseca.
Segundo a médica veterinária, esta iniciativa, organizada em conjunto com as direcções das escolas, a Intervet Schering-Plough e várias clínicas veterinárias, pretende, em última instância, solidificar a ligação emocional entre as crianças e os animais.
«As crianças são, por natureza, os grandes amigos dos animais, contudo, muitas vezes têm pouca ou nenhuma informação sobre as necessidades específicas dos seus cães, nomeadamente no que respeita aos cuidados de saúde. A leishmaniose canina é uma das doenças mais comuns nos cães, que pode, inclusivamente, representar perigo para o ser humano».

Leishmaniose pode aumentar entre humanos
O aumento da leishmaniose é «expectável caso a tendência do aquecimento global se mantenha», estima o médico veterinário Rodolfo Neves, citado pelo “Jornal de Notícias”, assegurando, no entanto, que esta não é uma situação preocupante.
Segundo um dos autores do estudo “Leishmaniose canina em Portugal Continental – o que sabem os proprietários de cães acerca desta zoonose parasitária”, verificam-se em Portugal, por ano, entre 10 a 15 casos da variante humana, especialmente em pessoas com o sistema imunitário fraco e crianças pequenas.
«Ao contrário da doença na população canina, nos humanos os casos têm diminuído ou mantêm-se estáveis ao longo dos últimos vinte anos. Mas com a tendência do aquecimento global o número de casos irá aumentar», concluiu.

 
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