Segundo noticiou o “Alpha Galileo”, estas diferenças genéticas, preservadas durante a evolução, constituem uma assinatura em termos das diferenças entre sexos a nível cerebral. Entre essas distinções estão, por exemplo, o peso e tamanho corporais e a configuração dos órgãos genitais
Este estudo foi centrado na expressão genética a nível do córtex cerebral, que está envolvido na maioria das funções complexas dos primatas e dos humanos, incluindo a memória, a atenção, o raciocínio e a linguagem.
Os investigadores mediram a expressão genética nos cérebros de primatas machos e fêmeas de três espécies diferentes, entre as quais o homem.
«O conhecimento relativo às diferenças genéticas é importante por muitas razões. Por exemplo, esta informação pode ser útil para calcular dosagens terapêuticas, bem como para o tratamento de doenças ou lesões cerebrais», explicou a líder da equipa e professora da referida instituição universitária, Elena Jazin.
Em adição a estas descobertas, os investigadores também identificaram diferentes “velocidades” evolucionárias nos genes de machos e de fêmeas, o que pode fornecer pistas sobre os processos de selecção natural durante a evolução dos primatas.
Outro dos investigadores envolvidos, Björn Reinius, salientou que este estudo não determina se estas diferenças de expressão genética são significativas a nível funcional, pelo que estas questões terão de ser aprofundadas em futuras investigações.
Primatas: diferenças biológicas entre sexos preservadas durante a evolução
Uma equipa de investigadores da Uppsala University descobriu que existem centenas de diferenças biológicas entre ambos os sexos no que toca à expressão genética no córtex cerebral de primatas. Publicado na 20ª edição de Junho do “PLoS Genetics”, o estudo indica que algumas destas diferenças têm vindo a ser preservadas durante a evolução.