Foi criada no início deste mês a Portugal Insect – Associação Portuguesa de Produtores e Transformadores de Insetos. Fundada pela Entogreen, a Portugal Bugs e a Nutrix, esta associação irá representar os produtores e transformadores portugueses de insetos, que são cada vez mais vistos como uma alternativa a outras proteínas na alimentação humana e como fertilizantes para solos agrícolas.
De acordo com os fundadores, a Portugal Insect nasceu com o objetivo de “representar os produtores e transformadores de insetos, quer na vertente da alimentação humana, quer na animal. A utilização de insetos é uma clara tendência crescente a nível mundial, alicerçada na procura por fontes alternativas de proteína, ambientalmente mais sustentáveis que as atuais.”
Em Portugal existem já vários operadores a trabalhar em projetos de transformação de insetos, como a Entogreen, startup que cria moscas adultas que vivem nas condições ideais para produzir grandes quantidades de ovos que são depois inoculados numa mistura alimentar desenvolvida pela empresa para gerar larvas que são processadas em farinha de inseto para soluções de nutrição animal.
Daniel Murta, médico veterinário e fundador da EntoGreen, defendeu em declarações à Lusa que a utilização de insetos na alimentação humana, “bastante conhecida noutros pontos geográficos”, na Europa foi enquadrada como “um novo alimento”, o que significa que, desde o início do ano, tenham sido submetidos diplomas para aprovação da sua utilização como alimentos para humanos.
O médico veterinário diz ainda que o setor “tem crescido muito fortemente a nível mundial, e em particular na Europa”, salientando os estudos que têm vindo a demonstrar “a segurança destas novas fontes nutricionais”.