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Plantas activas poderão substituir antibióticos em suínos e aves

A Embrapa, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, na sua unidade de Suínos e Aves (Concórdia/SC), iniciou uma nova linha de pesquisa de alternativas às cadeias de produção animal, com a análise de plantas activas para substituição dos antibióticos que incrementam o crescimento, visando um melhor desempenho de suínos e aves, noticiou o “JB Online”.

«Hoje, uma das grandes preocupações da sociedade é a segurança dos alimentos e a pesquisa deve estar atenta a todas as possibilidades», considerou o investigador Gerson Scheuermann, que acredita existir uma fraca exploração da actividade das plantas para fins terapêuticos e profiláticos, entre outros.
Para o responsável, o investimento nesta área de pesquisa apresenta dois argumentos principais. Por um lado, as recentes restrições ao uso de antibióticos impulsionadores do crescimento na produção animal implementadas na Europa e que têm vindo a afectar o mercado internacional. Por outro, o sistema intensivo de animais de criação responde favoravelmente a substâncias dessa natureza. Aliado a isto, a vasta biodiversidade brasileira constitui uma oportunidade na procura de produtos à base de plantas activas para aplicação nas cadeias produtivas.
Assim sendo, segundo Scheuermann, surgiu a ideia de se elaborar um projecto para avaliar o potencial das plantas face a microorganismos com possível impacto na cadeia produtiva de frangos.
De acordo com o químico Anildo Cunha, membro da equipa de investigação, foi seleccionado um conjunto de plantas que apresentam actividade comprovada cientificamente ou que são de uso na medicina popular, num total de 20 espécies vegetais da flora regional do Sul do Brasil.
«Quatro apresentaram potencial nas avaliações em laboratório e serão submetidas a estudos mais detalhados, inclusivamente testes de desempenho animal, ao longo do ano», avançou o químico.
«A realização do projecto indica que temos condições favoráveis de laboratório e de trabalhadores para pesquisas básicas direccionadas à viabilização do uso de extractos vegetais na produção animal. Para a continuidade deste trabalho precisamos formalizar parcerias para o fortalecimento da área. Já está claro para a cadeia produtiva que a identificação de extractos vegetais com efeitos positivos sobre a produção animal representa um grande passo para a realização, com base científica, de novos produtos convencionais utilizados na melhoria do desempenho dos frangos», afirmou o pesquisador Gerson.

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