Para o especialista em imagiologia, um dos desafios futuros é o regresso ‘ao básico’. “Como têm acesso a muita tecnologia, os médicos veterinários começam a depender dela, o que não é mau, mas temos de prestar mais atenção ao básico”, garantiu Panagiotis Mantis, acrescentando que “temos de ter a certeza de que conseguimos fazer esse ‘básico’ adequadamente e tirar o máximo partido dele em benefício dos animais”.
Quanto à ressonância magnética e à tomografia axial computorizada (TAC), o especialista referiu que são exames “muito bons e providenciam imagens de alta qualidade com muita informação, mas os médicos veterinários têm de aprender em que situações devem realmente utilizar estas tecnologias, em vez de recorrer a elas em todos os casos”. Outro dos conselhos que Panagiotis Mantis deixou passa por incorporar mais a ecografia na prática clínica.
No que diz respeito a Portugal, “em termos de ecografia estamos equiparados àquilo que se faz noutras partes do mudo”, salientou Estêvão Reis, médico veterinário do HVMSI, acrescentando que atualmente “há muitos colegas a realizarem este exame complementar de diagnóstico em regime de ambulatório e são pessoas que têm conhecimentos teóricos e práticos acima da média”.
Este curso de Ecografia/Radiologia foi o primeiro momento de um ciclo de formação que o Hospital Veterinário da Mata de Santa Iria está a iniciar. “De modo a sermos reconhecidos enquanto hospital, quisemos apostar na formação para os colegas, de certa maneira, poderem conhecer o nosso trabalho e assim passarem a confiar em nós para começarem a referenciar”, explicou Filipe Pereira, diretor-clínico do hospital.