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Mastocitomas: Um ponto de situação

A VETERINÁRIA ATUAL entrevistou o especialista em oncologia veterinária, Joaquim Henriques, sobre mastocitomas.

No âmbito do Ciclo de Conferências da Virbac, que se realizou entre os dias 29 de junho e 2 de julho, a VETERINÁRIA ATUAL entrevistou o especialista em oncologia veterinária, Joaquim Henriques, sobre a importância deste tipo de conferências para a classe. Os mastocitomas, tema em destaque nas conferências, foram um dos tópicos abordados.

O que motivou a escolha do tema dos mastocitomas?

Os mastocitomas são das neoplasias mais frequentes e mais estudadas nos cães. Atualmente, existe uma quantidade enorme de informação publicada sobre o diagnóstico, a terapêutica e o prognóstico. Esta conferência pretendeu abordar os pontos fundamentais sobre os mastocitomas, que vão desde a atribuição de grau histológico (Classificação de Kiupel vs Paitnaik),  passando pelas margens cirúrgicas e histológicas adequadas, fatores de prognóstico e terapêutica médica. Abordámos, ainda, as novas terapêuticas, nomeadamente a utilização do tratamento intra-tumoral com Tigilanol Tiglato (Stelfonta®).

 

Esta conferência permitiu-nos fazer um ponto de situação e um resumo de toda esta informação, assim como discutir a sua aplicabilidade prática, de forma crítica.

Qual a sua prevalência?

São os tumores cutâneos mais frequentes nos cães e gatos. Nos cães constituem cerca de 16-21% de todos os tumores de pele. A prevalência varia segundo os estudos pois é dependente da geografia e fatores demográficos, tais como a distribuição racial (maior ou menos prevalência das raças com maior risco, faixa etária, etc.).

Que pontos gostaria de destacar relativamente a esta neoplasia e que tenham sido abordados na sua apresentação?
 

A problemática da dicotomia no prognóstico. Por exemplo, na interpretação dos cut-off do índice de Ki-67 e do índice mitótico. Devem ser contextualizados com outros fatores epidemiológicos e clínicos e não vistos como indicadores absolutos de prognóstico. A discussão da abordagem multimodal em casos complexos e a utilização do Stelfonta®. Esta última arma terapêutica tem-se revelado uma excelente alternativa à cirurgia em casos selecionados, com resultados muito bons.

Qual foi o feedback deste ciclo de conferências por parte dos médicos veterinários?

O feedback foi muito positivo. Além da forte adesão online, vários colegas aproveitaram para em direto ou, posteriormente, colocar questões e ver as suas dúvidas esclarecidas relativamente a casos clínicos práticos do seu dia-a-dia.

Que importância têm estas conferências para o esclarecimento da classe?
 

Estas conferências permitem uma formação contínua gratuita para toda a classe. Ao mesmo tempo, a troca de experiências e opiniões entre os colegas participantes e os key opinion leaders nos temas abordados, permite a discussão de questões específicas em direto, ilustrando casos similares da clínica diária.

Que papel tem tido a Virbac no setor veterinário em Portugal?

A Virbac posiciona-se no setor veterinário português como uma companhia farmacêutica inovadora, com soluções que abrangem as áreas preventiva e terapêutica em quase todas as áreas de especialização da medicina veterinária. O ADN inovador da Virbac tem contribuído para uma recorrente inovação e disponibilização de diferentes produtos com um impacto considerável na prática clínica veterinária.

 
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