O grupo de cientistas lançou um robô submarino que fez um levantamento da topografia do que fica por baixo do gelo, a 20 metros de profundidade, para perceber qual a espessura e volume. Os dados foram armazenados num computador do robô e convertidos num mapa 3D.
Clay Kubz, do instituto de oceanografia Woods Hole, explicou que os robôs submarinos são usados para mapear o fundo do mar. “Para esta missão na Antártida colocámos todos os instrumentos de navegação e científicos no topo do veículo para conseguirmos fazer medições para cima e não para baixo”.
Para Guy Williams, esta missão “é um enorme passo em frente na forma como os cientistas medem a espessura do gelo no mar” e acrescenta: “com este robô submarino podemos medir toda a placa de gelo com um detalhe sem precedentes”. Quando os investigadores combinam o que está debaixo do gelo com as medições da neve e do gelo à superfície ficam com um mapa completo, a três dimensões, de toda a placa de gelo, avança o jornal Público.
Jan Lieser, do centro de investigação para os ecossistemas e clima da Antártida, disse que “a espessura do gelo no mar é tida entre os climatólogos como um dos principais indicadores de mudança. Quando soubermos de que forma a espessura do gelo no mar está a mudar, ao longo do tempo, podemos estimar a influência das alterações climáticas globais no ambiente da Antártida”.