Anteriormente a essa data já as juntas de freguesia recebiam os registos dos animais e encaminhavam-nos para o SICAFE, que é tutelado pela Direcção-Geral de Agricultura. À agência Lusa este organismo revelou os dados concretos dos registos: 258.732 cães e 198 gatos.
No entanto, estes números são considerados pelo presidente da Associação Nacional de Freguesias como estando aquém da realidade. Em declarações, Armando Vieira revelou que «as autarquias-freguesia têm uma fraca capacidade de meios para responder de uma forma mais intensa ao registo dos animais». Assim, apesar de um registo com 250 mil animais ser «significativo», é um número ainda muito inferior ao que se julga ser a população animal.
Este sistema tem a grande vantagem de, no caso de se perderem ou serem roubados, os animais podem ser identificados através da leitura do microchip subcutâneo, onde constam os dados do dono.
O SICAFE não é, no entanto, a única base de dados que contém a informação dos animais. Existe ainda a base de dados do Sindicato dos Médicos Veterinários, através da qual as clínicas veterinárias comunicam ou recebem informação sobre os animais desaparecidos ou encontrados. A coexistência destes dois sistemas tem recebido críticas por parte dos veterinários, que se queixam do excesso de burocracia.
A agência Lusa revela que o sistema deverá em breve ser alterado, principalmente para facilitar o preenchimento dos formulários a enviar para as autoridades.