Um grupo multidisciplinar de investigadores da Universidade de León (ULE), após analisar 261 websites, concluiu que devem ser estabelecidos procedimentos de controlo da venda online de antibióticos para uso veterinário. O Portal Veterinaria informa que o grupo também aconselhou a adoção de iniciativas de comunicação, promoção e educação em questões de saúde para informar melhor potenciais compradores sobre o perigo de adquirir antibióticos online.
O estudo, publicado na revista Frontiers in Veterinary Science, salienta que a compra online de medicamentos “tem indubitavelmente vantagens para os consumidores”, entre as quais aponta a possibilidade de o fazer “a qualquer momento e em qualquer lugar”, juntamente com fatores como “privacidade, conveniência, possibilidade de comparar preços ou aceder facilmente a uma gama mais alargada de produtos, partilha de opiniões, acesso gratuito à informação, ausência de barreiras à distância, descontos, etc.”.
No entanto, este comportamento leva à possibilidade de aquisição ou abuso de medicamentos falsificados, devem também ser tidos em conta os riscos decorrentes da “potencial ausência de diagnóstico ou de supervisão profissional dos tratamentos e do acesso a informações incorretas ou inadequadas sobre os mesmos”.
A pesquisa realizada pelos investigadores do ULE desenvolveu um software específico para pesquisa online, que analisou detalhadamente um total de 261 websites (160 deles foram obtidos após a realização da pesquisa em inglês e 101 em espanhol), de forma a estudar as características de venda de páginas de internet onde os antibióticos podem ser comprados.
Os investigadores concluem que a disponibilidade online de antibióticos veterinários é “muito elevada”, e consideram especialmente preocupante que os sites revistos vendam principalmente antibióticos de importância crítica.