No total foram analisados 36 cães de uma zona endémica, que foram posteriormente divididos em três grupos: o G1, com cães não infetados com Leishmaniose, o G2 com cães infetados, mas sem sinais clínicos da doença, e o G3 com cães infetados e com sinais clínicos da doença.
Para analisar os perfis dos compostos orgânicos voláteis emitidos pelos cães dos três grupos, utilizou-se uma microextração em fase sólida (SPME) em combinação com uma cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massa (GC/MS).
Os resultados mostram que existiram variações entre os perfis de compostos orgânicos voláteis emitidos pelos três grupos estudados e entre os animais infetados com ou sem sinais clínicos. Além disso, seis dos compostos orgânicos voláteis emitidos foram identificados como possíveis marcadores biológicos de infeção, com variações significativas entre cães sãos (G1) e cães infetados (G2+G3).
Segundo os autores do estudo, “a deteção das variações entre os grupos G2 e G3 sugeriu que os perfis de alguns compostos orgânicos voláteis podem estar relacionados com o tipo de resposta imunitária e com a carga parasitária dos cães infetados com a doença.”