Segundo comunicado da DGS, esta «trata-se de uma gripe humana», e por isso «nada indica que a ingestão de carne de porco represente um risco adicional para o Homem».
A nova estirpe, identificada em surtos no México e Estados Unidos, transmite-se por via aérea através de gotículas, espirros, tosse ou outros contactos próximos. Os sintomas são os mesmos de qualquer gripe – febre, tosse, dor muscular e dificuldade respiratória – pelo que o seu diagnóstico baseia-se sobretudo na estada em zonas afectadas.
Em Portugal a DGS «accionou os dispositivos previstos», em colaboração com o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge. Foram também dadas orientações à Linha de Saúde 24 no sentido de esclarecer os viajantes. É recomendado aos portugueses que, ao regressarem das zonas atingidas e apresentem sintomas gripais, liguem para a Linha Saúde 24.
Em declaraçãoes ao Correio da Manhã, Carlos Agrela Pinheiro, director-geral de Veterinária, afirmou que a terminologia da gripe suína induz «um bocado em erro», e que estamos perante «um surto de gripe humana provocado por um vírus modificado de origem suína, mas que é um vírus humano».
Em comunicado, o Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas esclarece também que «nas últimas décadas, não foi detectada em Portugal qualquer infecção em suínos causada por esta estirpe de vírus, nem quaisquer situações de gripe suína»; «o vírus em causa não se transmite através do consumo de carne de porco, mas sim pelo contacto das pessoas doentes com as saudáveis»; e «nos últimos seis meses não foi importado para Portugal qualquer material obtido de suínos originários do México ou dos Estados Unidos». Assim, e concluindo, «a eventual possibilidade de introdução do vírus no território nacional só se coloca pela via dos humanos que viajem ou contactem com viajantes».