A conclusão foi recentemente publicada na revista científica Nature: a fertilidade dos cães sofreu um declínio nas últimas três décadas. A razão? De acordo com os resultados de uma investigação realizada pela Universidade de Nottingham, por detrás deste fenómeno podem estar químicos presentes no ambiente, que podem afetar a qualidade do sémen.
O estudo avaliou a qualidade do sémen numa amostra de cães e indica que num período de 26 anos, a sua qualidade tem vindo a decair de forma constante. As conclusões mostram que a causa podem ser os contaminantes presentes no ambiente, já que o estudo conseguiu demonstrar que a presença de químicos no esperma dos cães, assim como em alguns alimentos disponíveis comercialmente, tem um “efeito prejudicial no funcionamento do esperma nas concentrações detetadas”.
Richard Lea, um dos autores do estudo, revela que “esta é a primeira vez que um declínio tão grande na fertilidade da população de cães machos é reportada e acreditamos que se deve aos contaminantes ambientais, alguns dos quais foram detetados na comida para cães e no esperma dos animais”.
O estudo focou-se em cinco raças de cães – Labrador Retriever, Golden Retriever, Curly Coat Retriever, Border Collie e Pastor Alemão -, mas ainda assim é um forte indicador em relação à fertilidade canina, mostrando que entre 1988 e 1998 a motilidade do esperma caiu cerca de 2,5% todos os anos e entre 2002 e 2014 caiu a uma taxa de 1,2% por ano.
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