A falta de informação, os custos associados e a crescente adesão a terapêuticas alternativas estão a levar a uma diminuição da vacinação de animais de companhia. Os dados são da AnimalhealthEurope e são partilhados pela Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica de Medicamentos Veterinários (APIFVET), que alerta que a tendência “coloca em causa a saúde dos animais”, mas também dos tutores.
Na semana em que se celebra o Dia Mundial da Vacinação Animal (20 de abril), a APIFVET diz que é importante consciencializar a população europeia para a importância de vacinar cães e gatos.
Jorge Moreira da Silva, Presidente da APIFVET, “esta é uma mensagem que tem que ser passada, porque a saúde animal anda de ‘mãos dadas’ com a saúde humana. Garantir o bem-estar e saúde dos nossos animais é garantir a saúde das nossas famílias. Doenças que até então eram comuns, são atualmente raras, graças ao uso da vacinação. Importa, por isso, que todas as pessoas continuem a vacinar os seus animais de estimação.”
O Presidente da associação lembra ainda a importância de vacinar animais até aos seis meses, “particularmente suscetíveis a doenças, porque o seu sistema imunitário não está totalmente desenvolvido até então”.
Torna-se, assim, fundamental “alertar para a importância das vacinas como método preventivo, até porque os custos de prevenir são sempre menores do que os custos associados a tratamentos” e acrescenta: “os médicos veterinários têm um papel crucial na consciencialização dos donos e devem, sempre que possível, lembrar as doenças graves que podem ser evitadas em cães e gatos se os seus donos apostarem na prevenção, vacinando os seus animais”, conclui.