Estados Unidos: Suplementos alimentares para animais necessitam de maior regulação

Um relatório recente do National Research Council, solicitado pelo Center for Veterinary Medicine da Food & Drug Administration (FDA), analisou se a adição de três suplementos alimentares destinados a cavalos, cães e gatos, e que incluíam substâncias como a luteína ou o alho, poderia provocar efeitos significativos adversos para saúde dos animais.
Segundo o “Medical News Today”, o comité concluiu que, devido à falta de dados adequados, não foi possível definir, de forma evidente, um limite superior de segurança para tais suplementos.
Por outro lado, o comité classificou de «confusas» as actuais regulações relativas a suplementos alimentares para animais, sublinhando a necessidade de estabelecer normas claras e precisas, para que «apenas suplementos seguros sejam autorizados a entrar no mercado».
Um aperfeiçoado sistema de efeitos adversos associados a suplementos alimentares animais poderia ser útil, uma vez que os actuais sistemas comportam várias falhas, nomeadamente, um limitado acesso público, solicitação passiva ao invés de activa para efeitos adversos e discriminação pouco clara de efeitos adversos maiores versus menores.
Além disso, a designação «geralmente reconhecida enquanto segura» utilizada para ingredientes humanos e animais é vantajosa para determinar níveis de consumo seguros mas a segurança em humanos não garante a segurança em animais, sublinhou o comité. A título de exemplo, o consumo excessivo de alho pode provocar anemia hemolítica em cavalos, cães e gatos, enquanto que nos humanos este efeito secundário nunca foi observado.
Uma alínea da Dietary Supplement Health and Education Act (DSHEA), de 1994, emendou a regulação de suplementos alimentares em humanos, mas a FDA concluiu que a DSHEA não deve ser aplicada em animais.